Enviada em: 09/06/2018

Para inglês ver.       Ao analisar o tema "Possíveis impactos da reforma brasileira do Ensino Médio", vê-se que é um assunto delicado, exigindo atenção especial. Da maneira súbita como a reforma foi articulada no ano de 2016, principalmente com a falta de um debate amplo entre as classes diretamente interessadas - os estudantes e professores - há sérios riscos de um aumento na evasão escolar, assim como na queda gradativa nos índices de alunos das escolas públicas ingressantes em universidades.     O governo brasileiro apoiou-se em modelos educacionais de países desenvolvidos, como é o caso da Inglaterra. Porém, com base no levantamento do Plano Nacional de Educação (PNE), em 2015, apenas 22,6% das escolas têm condições de infraestrutura previstas em lei, ou seja, a aprovação da reforma é equivocada. Considerando então, que em em até 2 anos a reforma já estará sendo executada, essa falta de estrutura e suporte proporcionará uma evasão em massa de estudantes das escolas.      Outro ponto que sofrerá grande impacto será o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), principal porta de acesso ao ensino superior. Além de influenciar no formato da avaliação, os alunos das escolas públicas cada vez mais estarão inaptos para realizar uma boa prova, já que terão graves problemas durante suas formações. Aliado a isso, com o prazo em vigor até 2022 da política de cotas, e sua incerteza de renovação, a tendência é o embranquecimento e o elitismo nas universidades.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A iminente elevação da evasão e a restrição do acesso às faculdades não podem ganhar espaço. Diante dessa problemática, parafraseando Immanuel Kant: " O homem é aquilo que a educação faz dele". Ou seja, há a necessidade de uma educação, e neste caso ofertada de maneira responsável e comprometida. É preciso então, que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) retome a discussão do tema com especialistas, professores e princialmente os alunos, para montar um processo de educação eficaz.