Enviada em: 15/06/2018

É inegável que o ensino médio  brasileiro precise de intervenções e posteriormente mudanças, visto que, o sistema atual não contempla o ensino profissionalizante, nem abrange completamente as áreas de conhecimento presentes no Exame Nacional do Ensino Médio. Todavia, essa reforma já aprovada, apresenta nítidas inconsistências que podem impedir o sucesso dessa mudança, tendo em vista o sucateamento e a estrutura insuficiente  das escola, aliado à falta de capacitação dos professores.       Primeiramente, relacionado à insuficiência de estrutura, nota-se que grande parte das escolas brasileiras apresentam déficit de espaço físico para alocação dos alunos, tanto que, espaços alternativos são transformados e adaptados em salas de aula. Além disso, o modelo atual  de ensino possibilita o uso de cada sala de aula em três períodos diferentes, comportando assim, mais alunos. Dessa forma, a implementação do ensino em período integral, reduz a quantidade de alunos comportados pela escola.       Nesse sentido, a falta de capacitação dos professores ficará mais acentuada na medida em que  novos conteúdos precisam de métodos diferentes ou inovadores para o entendimento dos alunos. Tal  circunstância ocorre pela aplicação da mudança de forma abrupta, sem tempo suficiente para adaptação e execução dos novos métodos previstos pela reforma.       Dessa forma, o poder público deve destinar mais investimentos à reformas e à ampliações  nos espaços das escolas, dito isso, cabe ao ministério da educação estimular e desenvolver o aperfeiçoamento e novas atividades junto aos professores, com cursos de atualização de conteúdo e métodos inovadores de ensino, para que os alunos absorvam e se habituem as novas exigências do ensino.