Enviada em: 10/10/2018

Recentemente foi aprovada no Brasil uma medida provisória que propõe uma reforma no ensino médio. Apesar de haver muitas críticas a ela, é inegável que o aluno será beneficiado ao ter a possibilidade de receber ensino técnico em sua formação. Evidenciando assim, uma clara adequação da escola à realidade vivida por muitos estudantes socioeconomicamente vulneráveis.       É importante ressaltar que a reforma aprovada aumentará a carga horária de aulas e isso por si só já pode ser visto como positivo na medida em que limita o tempo livre de o aluno passar na rua sob más influencias que cercam as regiões mais pobres. Além disso, o aluno terá ensino técnico no colegial, fator que poderá lhe proporcionar uma rápida entrada no mercado de trabalho como mão de obra qualificada. Realidade muito mais condizente com a população de baixa renda que na maioria das vezes não faz uma faculdade. Dessa maneira, o jovem que saía do ensino médio tinha que procurar qualificação para ingressar no mercado do trabalho e agora essa necessidade não existirá mais.       Contudo, fica evidente nessa reforma que ela possui um forte caráter eleitoreiro. Aprovar uma medida provisória (e o nome já expressa que não é definitiva) sem uma consulta pública e participação de todos os segmentos interessados, é claramente um ato desesperado de executar algo extremamente importante em um espaço de tempo inapropriado, apenas com a finalidade de receber o status de autor da reforma, de benfeitor.       Portanto, essa reforma possui sim aspectos positivos, mas é preciso melhorar assim que a medida provisória perder seu efeito. Antes disso, o presidente deve abrir uma consulta pública que envolva todos os setores da sociedade para que se discutam todos os prós e contras e se chegue a um projeto de lei que realmente melhore a educação básica no Brasil sob diversos aspectos. Pois, assim como disse Nelson Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.