Enviada em: 22/08/2018

O pensamento do escritor e linguista brasileiro Marcos Bagno, em sua frase "Não se esqueçam o preço altíssimo que muita gente pagou para que nossas línguas se implantassem como idiomas nacionais e línguas pátrias", permiti-nos compreender o grande desafio enfrentado pela língua falada nas diferentes regiões, desde gírias, regionalismo  e sotaques, os quais foram incorporando-se ao longo do tempo na sociedade brasileira. Sob esse aspecto, convém explorar as principais causas e possíveis soluções para essa problemática na sociedade brasileira.       Em primeiro lugar, é importante analisar que, segundo o site Gazeta do Povo, o Brasil atinge 99,3% no preconceito linguístico em ambiente escolar. Isso se deve, ao crescente aumento na incorporação de costumes europeus desde a época da colonização portuguesa, como também mecanismo de segregação social de países que fazem fronteira com a nação, gerando uma diversidade linguística tanto local, como nacional apresentando muito das vezes pouca ou nenhuma aceitação por parte dos falantes da norma culta. Dessa forma, é inadmissível que em um país com a redução da taxa de natalidade e inversão da pirâmide etária, muitos brasileiros ainda sofram intolerância linguística decorrente da internalização da norma culta e pouca aceitação das suas variações, gerando uma exclusão social.       Além disso, é possível afirmar que estudos da folha de São Paulo em consonância com Ministério da Educação (MEC) defendem que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação. Assim o pensamento de Marcos Bagno torna-se coerente com a atual conjuntura da nação. Infelizmente, os recursos do governo federal na divulgação dos benefícios da diversidade linguística e cultural, não são suficientes para suprir a demanda na educação e conscientização dos malefícios sobre a intolerância nas variações da língua brasileira.       Diante do Exposto, entende-se que o prejulgamento Linguístico requer ações mais concretas para ser atenuada em nosso país. Sob esse viés, o Governo Federal em conjunto com o Ministério da educação, por intermédio dos meios de comunicação em massa, como televisão, o rádio e a internet, deve promover intensa divulgação acerca da importância do entendimento pleno das variantes, sem visão discriminatória ou preconceituosa do dialeto falado, acompanhada da participação familiar no dia-a-dia dos jovens. Espera-se com isso, uma maior aceitação da diversidade linguística  e uma redução satisfatória nessa problemática na sociedade brasileira.