Enviada em: 22/08/2018

A língua é um dos principais instrumentos que sustentam a vida em sociedade, já que é responsável pela comunicação e interação entre os indivíduos. Entretanto, apesar desses benefícios da língua, a sociedade contemporânea sofre com o preconceito linguístico, pois, formam opiniões  de que só existe um dialeto correto e os demais são alvos de constrangimento. Logo, é preciso entender a causa e a consequência dessa prática, e procurar soluções com o intuito de diminuir os impactos decorrentes dela.        Vale apontar, em primeiro lugar, que no Brasil existe duas línguas oficiais o português e a Libras (Língua Brasileira de Sinais). Todavia, no período de colonização, o país recebeu inúmeras culturas e dialetos. Como por exemplo, indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Como resultado, ocorreu uma diversificação na linguagem e na cultura, que reflete na sociedade hodierna com numerosas variações da língua, e por outro lado aumenta o assédio linguístico. Segundo, o autor Marcos Bagno, ao escrever o livro: Preconceito Linguístico, aponta que os indivíduos devem aprender a respeitar e entender a cultura dos outros sem questionar, assim, não existiria fala prestigiada.            Outro aspecto a se destacar é que o preconceito com o "sotaque'' de uma pessoa,  gera uma a intolerância a raça, cultura, etnia, religião do mesmo. E isso em muitos dos casos possibilita para um isolamento social. Sob esse mesmo ponto de vista, o sociólogo Pierre Bourdieu, relata que a violência simbólica é uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. Como exemplo  o G1- notícias, que relatou que um médico debochou da maneira de falar do paciente nordestino. Assim, é evidente que o país tem uma diversidade rica, porém é pouco discutida e valorizada.               Infere-se, portanto, a necessidade de medidas para alterar esse cenário. Assim, cabe à escola, cuja função social é, por meio da educação formal, buscar minimizar as desigualdades sociais, é desenvolver projetos pedagógicos que garantam a igualdade e dignidade humana de seus educandos. Para isso, deve promover ações afirmativas, por intermédio de aulas temáticas que discuta a variedade linguística, atividades como palestras e seminários cuja finalidade seja conscientizar os alunos a importância de conhecer as diferentes culturas existente no país. É imprescindível, também, que as escolas disponibilize o aprimoramento para os profissionais de ensino, por intermédio de projetos e cursos, a fim de que todos os indivíduos tenham sua dignidade humana preservada.