Enviada em: 18/09/2017

No território brasileiro é possível encontrar diversas variações na linguagem, que mudam de acordo com a região, escolaridade, época e costumam se diferir entre as classes sociais. E essa variação no modo de falar das pessoas abre um espaço para o que podemos chamar de preconceito linguístico.             A língua portuguesa está em constante modificação, ela muda com o passar dos anos, o modo de falar de hoje não é o mesmo o que era antigamente, e isso também ocorre em relação a região em que as pessoas estão inseridas. Ao olharmos para o Brasil, encontramos uma infinidade de sotaques, gírias e modos de expressão. Essa variedade ocorre também entre as classes sociais, pois normalmente os indivíduos mais empobrecidos e com escolaridade inferior apenas conhecem e utilizam a linguagem coloquial.          O ser humano costuma ter preconceito com aquilo que têm por diferente, e isso também ocorre com a língua, pois ao deparar-se com as diversas maneiras de falar, têm a errônea tendência de julgá-las como certas ou erradas. Não podemos aceitar que alguém seja humilhado devido a sua forma de utilizar a linguagem, pois vivemos em um mundo heterogêneo em diversos aspectos, inclusive os linguísticos, e a linguagem é parte integrante da cultura dos indivíduos.             Portanto, devemos valorizar a variedade linguística que nos cerca, sendo preciso que cada um reflita sobre sua importância na constituição cultural brasileira. O fim do preconceito ocorre quando as pessoas se conscientizam da existência das diferenças presentes em todos os aspectos. Tornando-se então, necessário que esse tema seja discutido nas escolas com os alunos, e que os professores não reprimam os modos de expressão linguística dos mesmos. Sendo assim, a norma culta da língua não deve ser desconsiderada, pois ela é essencial em certos contextos, e é isso o que deve ser ensinado, adequar a linguagem aos contextos.