Enviada em: 24/10/2017

Desde os primórdios da história, o homem busca formas eficazes de se comunicar com outras pessoas, possuindo o código linguístico como ferramenta máxima de interação e de expressão cívica. Todavia, ao longo dos últimos anos, ocorreu uma inversão do pensamento social, e a ideia da comunicação linguística harmoniosa foi deturpada em detrimento da ascensão da discriminação linguística. Diante disso, surgiu, no Brasil, a necessidade de extinguir o preconceito linguístico como uma medida para promover a inclusão social.   As causas para a precisão da erradicação da intolerância linguística na civilização brasileira contemporânea são diversas, uma vez que, devido à insensibilidade e ao egoísmo do ser humano, tal intolerância causa imensuráveis sequelas psicológicas e, em casos extremos nos quais ocorre agressão, físicas nas vítimas. Ademais, devido ao sistema capitalista globalizado, o mercado de trabalho torna-se cada vez mais seletivo, exigindo determinados padrões de fala e de escrita. E, devido à tibieza das ações governamentais, há uma grande defasagem no assistencialismo às minorias sociais, principais vítimas desse tipo de preconceito, o que agrava a situação.   Dessa maneira, após a dizimação da não tolerância linguística, seriam geradas inúmeras consequências positivas para a nação, tais como: a melhoria da qualidade de vida, visto que a eliminação de tal preconceito harmonizaria o convívio intersubjetivo e deixaria as pessoas mais aptas para o trabalho; o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), já que o equilíbrio psicossocial provocaria o aumento da produtividade laboral e a consequente expansão da economia; a elevação dos índices de desenvolvimento educacional, posto que os jovens se sentiriam mais confortáveis e dedicariam mais tempo aos estudos, o que tornaria o Brasil uma referência internacional.   É fato que a questão da eliminação da discriminação linguística está presente em outros lugares do mundo. Entretanto, há países que conseguiram obter um melhor desempenho nesse processo, como o Canadá, o qual investiu fortemente em educação e propiciou, para a população, uma maior racionalidade crítica centrada na diversidade de dialetos. Isso traz esperanças para o futuro do Brasil.   Portanto, para que o preconceito linguístico seja erradicado ou ao menos reduzido no Brasil, é imprescindível que o governo, responsável pela gestão de todos os parâmetros da vida em sociedade, sancione leis voltadas para propiciar a execução de medidas que visem à melhoria do assistencialismo social, por intermédio da integração entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e assegure a integridade linguística de toda a população, por meio da redistribuição adequada das verbas públicas para o setor de educação. Dessa forma, pode-se garantir um país melhor para as gerações futuras.