Enviada em: 22/07/2018

Em 1980 ocorreu uma enorme epidemia de AIDS causada pelo vírus HIV e que como consequência gerou medo em toda sociedade. Tal fato, aumentou a preocupação no que se refere à transfusão sanguínea, uma vez que, foram estabelecido regras, na qual, homossexuais seriam impedidos de doar sangue, visto que se encontravam em um grupo de risco. Hoje, embora seja possível detectar diversas doenças através de testes, homossexuais continuam sendo impedidos de doar sangue, revelando-se uma restrição preconceituosa.        É de conhecimento geral que a regra que impossibilita a doação de sangue por homossexuais, é na realidade homofobia institucionalizada, uma vez que, fere os princípios individuais do doador com base em sua orientação sexual. Um exemplo disso, é que héteros não são impedidos de doar sangue apenas por sua orientação sexual, tendo em vista que, dados divulgados pela Secretaria da Saúde em 2011 revelam que heterossexuais representam 68% dos casos de HIV. Ademais, a regra além de ser preconceituosa, também desperdiça a chance de salvar mais vidas.       Convêm destacar que no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas 1,6% da população brasileira doa sangue, revelando que não existe tanto incentivo para o ato. Outrossim, a restrição contribui para que homossexuais sejam proibidos de colaborar em centro hemofílicos, em consequência disso, a taxa de doação que poderia ser maior, acaba ficando estagnada. É necessário destacar que a ideia de que homossexuais são promíscuos está embutida na sociedade        Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. O Ministério da Saúde, inicialmente poderia excluir essa restrição da agenda dos centros hemofílicos e realizar testes para detectar as possíveis doenças que o doador pode vir a ter, além disso, poderia garantir atendimento acolhedor para que não sofra opressão. Torna-se necessário o papel dos meios de comunicação, realizando campanhas on-line para incentivar a doação sanguínea independente de sua orientação sexual.