Enviada em: 16/07/2018

Sabe-se que no sexo anal existe uma probabilidade superior de contrair infecções sexualmente transmissíveis, comparado a dos outros tipos de coito. A partir desse conhecimento, e de dados estatísticos que comprovam mais casos de HIV em homossexuais, os hemocentros recusam doações sanguíneas de homens que realizam cópula com outros homens. Porém, muitos desses vetados só realizam sexo com camisinha, trazendo à tona o questionamento se o impedimento é devido a sua opção sexual.    No que se refere ao vírus da imunodeficiência humana, tem-se um legado histórico. Quando a AIDS foi descoberta em pessoas, acreditava-se que era uma doença exclusiva de quem obtive-se relacionamento homoafetivo. Com o passar dos anos e o aprimoramento da ciência foi visto que héteros também podem contrair o vírus. A partir disso, é sabido que a forma de evitar IST é o uso de camisinhas. Assim não existem motivos reais para negar o transplante oferecido por gays que se precaverem.     É pertinente dizer que o Brasil é um país laico, mas com cultura predominantemente religiosa, o que gera preconceitos, como a homofobia. Tal ocorrido faz com que tenha-se uma associação errônea entre promiscuidade e homossexualismo. Isso reflete na seleção do grupo de risco para doar, onde são excluídos aqueles com grandes chances de doenças transmitidas pelo sangue e os pertencentes ao grupo LGBT, equivocadamente.        A partir dos pontos mencionados, é visto uma necessidade de mudar as regras para doação de sangue nos hemocentros, a fim de aceitar todo sangue potencialmente saudável. O Ministério da Saúde deve impor tais mudanças imediatamente e as novas regras devem acabar com a exclusão e o preconceito das minorias. Dessa forma aumentará a arrecadação de sangue e a homofobia nas hora de ser solidário.