Enviada em: 11/08/2018

Na obra Harry Potter, da escritora J.k. Rowling, a personagem Hermione sofre preconceito por ser considerada "sangue ruim", ou seja, na realidade isso também ocorre. Pois, a restrição na doação de sangue pelos homossexuais pode ser julgada como um desrespeito. Nesse sentido, dois aspectos são relevantes: o legado histórico cultural e o desrespeito às leis.       Sendo assim, o passado marcado pela homofobia ainda persiste na sociedade hodierna, na qual na década de 1980 o surto de HIV estava relacionado com os gays. Assim, até hoje essa intolerância existe e a minoria ainda é considerada um grupo de risco. Porém, esse cenário afeta a população brasileira, acarretando a diminuição de doadores de sangue, já que alguns são discriminados pela sua orientação sexual e deixam de ser doadores.         Além disso, segundo a legislação, o grupo LGBT (Lésbicas, Gays, bissexuais e transsexuais) pode realizar a doação. Mas os indivíduos não vivenciam essa experiência na prática, porque o preconceito se encontra mascarado nos hemocentros. Logo a negação do sangue doado por um homossexual pode ser considerada homofobia, porquanto, a violação dos direitos humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está sobretudo na perpetuação do preconceito através de pequenas atitudes.       Fica evidente, portanto, medidas para mudar esse impasse. Dessa forma, cabe à OMS (Organização Mundial da Saúde), reanalisar as normas da doação de sangue. Ademais, o Estado, no papel do poder legislativo, deve criar projeto de lei, que criminalize o panorama atual para que os cidadãos vivam em harmonia, um beneficiando o outro. Pois se um sangue não se encontra um infectado, ele pode salvar uma vida. Quem sabe, assim, o fim disso deixe de ser uma utopia.