Enviada em: 02/10/2018

Os preconceitos enfrentados pelos homossexuais em relação à doação de sangue são reais,inviáveis e preocupantes.Em um contexto marcado por discriminação,a população LGBT encontra-se fragilizada,tendo seu direito civil negligenciado.À vista disso,é um dever do Estado intervir para reverter a persistência dessa realidade.    Em primeiro lugar,o que se nota,é o preconceito vivenciado pelos homossexuais diante da tentativa de doar sangue,onde encontram-se impossibilitados,injustiçados e desmoralizados,com base em argumentos absurdos,fazendo com que milhares de vítimas sofram as consequências.Nesse ínterim,a justiça brasileira não é explicita quanto ao assunto exposto,mas faz possível uma justificativa para a prática desse preconceito,alega-se que os homossexuais representam um grupo de risco.Onde restringe-se à doação,aqueles que praticam prostituição,portam doenças como hepatite B e C,característico de usuários de drogas e pessoas que foram presas,dessa maneira,estratifica os homossexuais por julgamento de moral,indica uma situação insustentável e exige mudanças.   Um outro fator,é a necessidade que os hospitais apresentam sobre a importância da doação de sangue,segundo o Ministério da Saúde,a probabilidade de uma pessoa precisar de sangue é 1 em 3,ou seja,a cada grupo de 3 pessoas no Brasil,1 vai precisar e diante do atual percentual de doação de sangue,que é 1,5% do total da população brasileira,é hora de considerar os homossexuais como aptos à doação.Desse modo,um argumento valido para desfazer esse incômodo,é o fato de casais homossexuais monogâmicos e que usam preservativo frequentemente,não se encontram nesse grupo,já que se expõem à situações de risco.O preconceito é precursor do caos e a própria constituição repudia todo e qualquer ato ligado à discriminação sexual,provando incoerência e contradição.   De acordo com o presidente Kennedy,mudança é a lei da vida,nesse sentido,medidas fazem-se necessárias para resolver a problemática.Primeiramente,cabe ao poder Judiciário revogar as leis vigentes e ao Legislativo criar novas mais claras e específicas em relação à comunidade LGBT e a doação de sangue,por meio de uma PEC,Proposta de Emenda Constitucional,para que a população brasileira seja beneficiada e os homossexuais tenham seu direito civil reconstituído,fazendo sua contribuição com a saúde pública e seu dever como cidadão.Ademais,cabe ao Ministério da saúde criar projetos de conscientização,por meio de publicidades em recursos midiáticos,a fim de incentivar a doação de sangue do público LGBT,para que a falta de sangue nos bancos dos hospitais seja diminuída.Por fim,a junção desses fatores propiciará em um combate legítimo à persistência do preconceito e possibilitará a reversão dessa realidade,elevando a igualdade e a democracia brasileira.