Enviada em: 14/08/2018

Na década de 1980, houveram alguns surtos de AIDS no continente americano. Essa patologia foi diagnosticada, majoritariamente, em pessoas que tinham comportamentos homoafetivos. No entanto, o ínfimo conhecimento a respeito dessa doença fez com que homossexuais fossem classificados pertencentes aos "grupos de risco". Tal fato dificultou a doação de sangue realizada por homossexuais.   A priori, observa-se o caráter aparentemente preventivo da legislação brasileira de 1993, a qual restringiu a doação de sangue realizada por homossexuais. Entretanto, avanços medicinais e pesquisas sobre o tema mostraram que héteros também podem ser portadores do vírus HIV. Contudo, a possibilidade de doação destes não são excluídas de imediato, assim como é feito com homossexuais. Portanto, isso evidencia o preconceito que os últimos estão submetidos.   Ademais, segundo dados estatísticos, apenas 98,5% da população brasileira não doa sangue, e a cada dois segundos, um paciente necessita de transfusões sanguíneas. Partindo desse pressuposto, nota-se que a luta do segmento social composto por pessoas LGBT's pela conquista do direito  de doar sangue é extremamente viável, haja vista que suas respectivas vontades deixam de ser violadas simbolicamente e passam a ser convertidas em benefícios ao paciente e à saúde pública.      Destarte, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Dessa forma, é completamente plausível que a OMS estabeleça critérios mais específicos para a regulamentação de transfusões sanguíneas, tornando obrigatório o uso de equipamentos que detectam em um curto período, infecções no sangue de doadores, nas análises realizadas pelos laboratórios de todos os hemocentros. Feito assim, o preconceito com homossexuais para efetivar doações de sangue, diminuiria.