Enviada em: 15/08/2018

A muito tempo a homossexualidade é mal vista, inclusive sendo relacionada a doença. Na década de 80,  essa questão se ampliou na visão popular com a epidemia do HIV, a chamando- a de doença dos gays. Atualmente, mesmo se tendo maior conhecimento sobre essa enfermidade e sobre os relacionamentos homo afetivos em si, uma das essenciais campanhas  da saúde é atingida: a doação de sangue. Homossexuais recebem perguntas ofensivas e são dispensados, mesmo com a grande escassez de sangue doado.   O simples fato da sexualidade do candidato a doador não pode ser um determinante para considera-lo grupo de risco. A pesquisa Mosaico 2.0 mostrou que homens bi e homossexuais utilizam mais camisinhas do que héteros. Dessa forma, descartar uma pessoa pela sexualidade baseada em esterótipos não é justificável, logo que casais gays monogâmicos que fazem sexo exclusivamente com camisinha não possuem perigo de contaminação.  Ademais, os LGBTs são uma grande parte da sociedade que é desmotivada a doar sangue, segundo o IBGE, cerca de 10% da população nacional faz parte desse grupo. Deste modo, essa ideologia preconceituosa prejudica enfermos em todo o Brasil, sendo que são conhecidas a escassez de doadores brasileiros e a cada um doador injustiçado perde-se a chance de salvar quatro vidas, conforme o Ministério da Saúde.  Em vista dos dados mostrados, portanto, é necessário desconstruir a imagem estereotipada dos homossexuais e a possibilidade da transmissão de doenças ao doar sangue. É fundamental que instituições sociais, como ONGs, trabalhem conjuntamente com o Ministério da Saúde, para promover campanhas, utilizando a mídia, depoimentos, que incentivem todos a doar, independente da sua opção sexual. Somado a isso, é responsabilidade do governo a melhor preparação dos profissionais de saúde responsáveis pela coleta, para a população se sinta confortável na entrevista e incentivada a continuar doando, possibilitando o tratamento de diversos enfermos.