Enviada em: 26/08/2018

No Brasil, há uma crescente necessidade de doação de sangue, isso se sucede pois o brasileiro não têm o hábito de fazê-lo. Tendo como ponto, a falta de doadores, não é prudente recusar os que estão dispostos a doar, ainda mais, quando o motivo da recusa, é o preconceito enraizado.          No ano de 1980, ouve no mundo, o início de um surto do vírus HIV, tal epidemia, tinha como vítima dominante, homens gays; esse fato, fortaleceu uma visão preconceituosa, já existente, de que o homem gay era uma classe promíscua, no qual se relacionava sexualmente de forma imprudente, esta alegação tomou tanta força, que na época, a epidemia foi tratada por diversos nomes preconceituosos, como por exemplo, "câncer gay", "peste gay", e a que ficou mais famosa, "doença 4H (Homosexual, Haiti, Hemofílicos e Heroinômanos - no quais esses eram os disseminadores e portadores do vírus-). Esse período se destacou, não apenas pela quantidade de mortos, mas também, pela forma alarmante, que os homosexuais eram infectados, isso se dava, principalmente, pela falta de informação; com a porcentagem dominante de vítimas, esse grupo ficou marcado no procedimento hemoterápico: " Homens que tiveram relações sexuais com outros homens".             Após o surto dos anos 80 e metade do 90, o índice de vírus HIV, teve uma diminuição no grupo LGBT, e um aumento no grupo feminino, tal aumento, não restringiu a doação de sangue das mulheres, pelo simples fato que, a mulher, ainda que faça parte de uma minoria subjugada, não é alvo de um preconceito que envolve a orientação sexual, deixando nítido, o preconceito enraizado que envolve a classe LGBT.         Medidas cabíveis para romper com esse preconceito, seria adotar um posicionamento menos julgador dos responsáveis pelo recolhimento de sangue, desvincular a imagem da epidemia de 1980 ao do homem gay, não ter uma divisão de, grupos de risco, mas sim, comportamento de risco, disseminação de informações, sobre, quais são as doenças transmitidas pelo sangue, suas causas e tratamentos, como podem ser evitadas em todas as situações possíveis. São atitudes simples, mas que teriam um grande impacto na nossos bancos sanguíneos.