Enviada em: 11/10/2018

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos homossexuais foram aprisionados em campos de concentração em razão dos ideais nazistas em voga no período, que julgavam os indivíduos pela sua orientação sexual. Analogamente, a homossexualidade ainda é um tabu e seus representantes padecem de preconceitos na doação de sangue. Tal fato decorre, muitas vezes, pela disseminação de notícias falsas, chamadas fake news, e da escassez da abordagem do tema nas grandes mídias. Por isso, há a necessidade de analisar essas contrariedades para, então, propor soluções para dirimi-las.       Em primeira análise, deve-se ressaltar que a insuficiência da representação do tema da doação de sangue por homossexuais nos meios de comunicação é um problema. Essa afirmação é justificada pela composição da sociedade, a qual é composta por 80% de indivíduos católicos e protestantes, segundo  o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), religiões as quais são reconhecidas pelo incentivo à união heterossexual. Por isso, sem dúvida, as grandes mídias organizam seu conteúdo informativo, predominantemente, à essa população, que representa a maioria no país, e deixam de lado, lamentavelmente, a temática da homossexualidade e sua relação com a doação de sangue.       Outrossim, outra contrariedade é a problemática da difusão de fake news acerca da doação de sangue por homossexuais. Esse fato é comprovado ao analisar informações divulgadas pelo jornal O Globo, que relatam que muitos indivíduos têm preconceito quanto ao sangue fornecido por homossexuais por lerem notícias veiculadas no Facebook e Whatsapp, as quais afirmam que esse grupo social é dotado de doenças como o HIV, por exemplo. Nesse contexto, fica claro que, enquanto as pessoas, em sua maioria, atribuírem credibilidade a notícias, sem verificar sua fonte e veracidade, o preconceito dado à doação de sangue por pessoas homoafetivas será cada vez mais enraizado na sociedade.       Portanto, o Ministério da Saúde deve fomentar a conscientização das pessoas acerca do perigo das fake news à doação de sangue por homossexuais. Por isso, ele deve fornecer verba a hospitais e postos de saúde públicos - os quais devem utilizá-la em campanhas publicitárias destinadas às diferentes camadas socias. Ademais, a mídia televisiva deve estimular a representatividade de indivíduos homoafetivos e sua relação com a doação de sangue. Para isso, a representação do tema em novelas e seriados é fundamental para quebrar esse tabu. Dessa maneira, a problemática da doação de sangue por pessoas homossexuais cessarão, assim como a Segunda Guerra Mundial.