Enviada em: 23/08/2019

Não reconhecimento de uma identidade. Esquecimento. Silêncio. Essas são questões que caracterizam o problema da falta de preservação do Patrimônio histórico cultural na sociedade brasileira, uma vez que sem a preservação desse patrimônio, não há um reconhecimento de uma identidade cultural, o que leva à falta do sentimento de pertencimento. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, em virtude de um legado histórico e da falta de conhecimento sobre o assunto.  Em primeira análise, o legado histórico mostra-se como um dos desafios para  a resolução do problema. De acordo com o pensamento de Claude Levi-Strauss, só é possível interpretar adequadamente as ações coletivas por meio do entendimento dos eventos históricos. Desse modo, a falta de preservação do Patrimônio histórico cultural brasileiro, mesmo que fortemente presente no século XXI, apresenta raízes intrínsecas à história brasileira, o que dificulta a sua resolução.   Além disso, o problema encontra terra fértil na falta de conhecimento sobre o tema. Nesse sentido, o filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: se as pessoas não têm acesso à informação sobre o assunto, sua visão será limitada, o que dificulta ainda mais a resolução do problema.   Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra, o MEC juntamente com o Ministério da Cultura devem desenvolver palestras em escolas, a serem webconferenciadas nas redes sociais desses órgãos, por meio de entrevistas com especialistas no assunto. Ademais, deve haver a inclusão obrigatória da disciplina de educação patrimonial no currículo da educação básica. Tais medidas têm como objetivo fazer com que os alunos se reconheçam como parte da história e assim se sintam na responsabilidade de preservar o patrimônio e consequentemente a própria história.