Enviada em: 15/03/2019

É sabido que é de suma importância a preservação do patrimônio histórico e cultural de uma nação. Essa realidade, dessarte, reverbera uma ferramenta para o conhecimento do processo evolutivo do Brasil, contudo não há uma conservação desses legados, a partir do momento que os ambientes destinados para a conservação das memórias brasileiras estão em situação de precariedade, na maioria das vezes.        A priori, o Patrimônio histórico possui a funcionalidade de fazer com que a memória de uma nação seja conhecida. Na Alemanha, por sua vez, o Museu do Holocausto, entre tantos outros, elucida sobre as barbáries que as vítimas do nazismo foram submetidas, assim, há um repúdio de muitos alemães para pensamentos enraizados nesse princípio. No Brasil, no entanto, percebe-se uma desvalorização da história, uma vez que políticas afirmativas de cotas para negros em processos seletivos, por exemplo, são repudiadas por muitos, como consta em dados de uma pesquisa do jornal O Globo, ao não entenderem, dessa forma, o peso de três séculos de escravidão, no qual o negro foi inferiorizado. Assim, fica evidente que conservar o Patrimônio histórico, é uma ferramenta para conhecer o processo evolutivo de uma nação e, desse modo, não cometer erros por negligenciamento de fatos relevantes.       Outrossim, a Constituição Cidadã, por meio de artigos e dispositivos, elucida que é dever do Estado e da comunidade conservar o Patrimônio histórico e cultural. Todavia, os lugares destinados para tal serviço, como bibliotecas históricas e museus estão em situação de precariedade, como consta o IPHAN, Serviço do patrimônio histórico e artístico Nacional, instituto que foi criado na Era Vargas. Essa situação reverbera, dessa maneira, o Enigma da Modernidade do filósofo Henrique de Lima, o qual elucida que apesar da sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas, ou seja, apesar dos incisos constitucionais, o legado brasileiro não é valorizado, dado que não há um interesse com intuito de desenvolverem medidas concretas para mudar essa realidade.        Logo, é necessário que as intuições educacionais venham incluir no calendário acadêmico, visitas aos museus, às bibliotecas e palácios históricos, para que os estudantes desenvolvam um maior interesse nesses ambientes, a fim de que o conhecimento do processo evolutivo do país seja melhorado e, por fim, entendam os fatos históricos e suas consequências, de uma forma cada vez menos superficial. Ademais, é imprescindível que as ONGs venham, mediante passeatas e manifestações, cobrar das instituições políticas a efetivação de leis que destinam verbas públicas para a conservação desses lugares, por meio de manutenções na infraestrutura, com intuito de que medidas concretas sejam realizadas.