Enviada em: 16/03/2019

No Brasil, nota-se que a valorização cultural foi fomentada pela vinda da família real portuguesa. Esse período, conhecido como Pombalino, foi marcado pela construção de museus, bibliotecas e edifícios, que hoje fazem parte da personalidade brasileira. Embora sua importância para a identidade nacional, não há a preservação efetiva desses patrimônios históricos hodiernamente, basta ver episódios de descaso, como a destruição do Museu Nacional após um incêndio. Nesse contexto, faz-se fundamental analisar os fatores que comprovam o desdém às riquezas da história brasileira.   A priori, existe insuficiência do poder público diante da resolução de problemas referentes à conservação cultural. Haja vista, a ineficácia das leis que visam à administração dos monumentos tombados. Parafraseando Confúcio, "a cultura está acima da diferença da condição social", isto é, a cultura une todos os indivíduos de uma nação independente de fatores econômicos e sociais, pois ela os representa e, assim, torna-se imprescindível a sua preservação pelos governantes. Desse modo, a falta de praticidade das leis relativas à manutenção das construções vetustas tende à romper o laço que ainda conecta os brasileiros.   Outrossim, a omissão escolar intensifica o desleixo apresentado pelos cidadãos. Isso, pois as instituições de ensino não estimulam os alunos à procura dos vestígios do passado nacional. Além disso, é escassa a presença de professores que promovam o debate à relevância da ida aos espaços declarados históricos e sua conservação. De acordo com Immanuel Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele, ou seja, se o povo canarinho não aprender a importância da história tupiniquim, ele negligenciará a sua identidade nacional. Dessa forma, cresce o número de pessoas que não frequentam museus e não respeitam as edificações públicas tombadas.    Torna-se evidente, portanto, que é praticamente utópica a preservação do patrimônio histórico cultural pelos cidadãos brasileiros. Para amenizar a problemática, cabe ao ministério da cultura a criação de leis que permitam a utilização de parte do dinheiro público e do dinheiro arrecadado dos impostos pagos pelas grandes empresas na manutenção da herança histórica a fim de mantê-los aptos à visitação e seguros para as gerações futuras. Ademais, cabe ao ministério da educação a capacitação de professores atuantes para estabelecer o debate entre os alunos com o intuito de encorajá-los à frequentar museus e bibliotecas públicas. Por fim, cabe à mídia anunciar a localização desses edifícios na teve aberta para impulsionar as medidas governamentais. Destante, a valorização cultural trazida pela família real portuguesa possa ser preservada e perdurada pelos períodos futuros.