Enviada em: 24/03/2019

No dia 2 de setembro de 2018, um importante patrimônio histórico cultural material brasileiro entrou em chamas, e se perderam séculos de História. Mesmo tendo o Museu Nacional, sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi vítima da ignorância do Estado, que, preferiu aplicar a pouca verba disponível destinada à cultura em monumentos vistosos, porém sem conteúdo. O edifício incendiado foi construído em 1818 por Dom João, e mais tarde tornou-se algo público.Porém abrigava bilhões de anos, como os fósseis e meteoritos, trazidos de diversas partes do mundo.  Esse assassinato à história não foi um acidente, uma vez que as autoridades já possuíam conhecimento sobre os riscos que o prédio possuía em sua estrutura, assim como outros patrimônios ainda estão sujeitos à destruição, da mesma forma que também estavam em perigo aqueles que sofreram episódios semelhantes com o ocorrido no Museu. O descaso do Estado em relação à preservação de patrimônios histórico-culturais é a causa do desinteresse do povo brasileiro com sua própria História, e da perda cada vez mais frequente da identidade cultural da população.  A perda da identidade de um povo gera graves consequências, que podem se tornar irreparáveis, uma vez que se extinguen  vestígios da História de uma sociedade. O patrimônio histórico cultural, seja ele material ou imaterial, permite que a população de um local preserve sua identidade, memória, através do acesso ao passado, devido ao fato de que ele reflete a História. A partir do momento que essa ferramenta da expressão do passado no presente se deteriora, o esquecimento dos erros cometidos é viabilizado, permitindo que eles sejam repelidos. Tal consequência é explicada pela relação entre o passado, presente e futuro, isot é, o passado é utilizado para justificar o presente e determinar expectativas sobre o futuro.  Um exemplo disto é a capoeira, importante patrimônio imaterial brasileiro que simboliza a resistência negra à escravidão, que possibilita a recordação de um período cruel, que possui seus resquícios até os dias atuais, e deve ser recordado de forma  que não se repita. Patrimônios, como a capoeira e o Museu, devem ser preservados ao máximo, utilizando investimentos de terceiros, como empresas privadas, visto que a economia pública está em crise, através do abatimento de impostos em troca destes investimentos em cultura, visando preservar a cultura do Brasil e enriquecer a memória do povo.