Enviada em: 26/03/2019

A questão da preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro ganhou destaque nos últimos meses após o incêndio do Museu Nacional. Tal fato contestou novamente a capacidade do Estado brasileiro de manter as instalações que dizem respeito à memória nacional, e também a relevância dada pela população para com seu legado.    Mesmo quando há a elaboração de leis que garantam a conservação desses elementos, essas não se mostram suficientemente efetivas. A exemplo, em 2017 o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) completou 80 anos. Mesmo essa sendo uma das instituições mais longevas do país, em uma década o Brasil presenciou o incêndio do Instituto Butantã em 2010, no Museu da Língua Portuguesa em 2015, em 2013 no Memorial da América Latina e em 2014 no Liceu de Artes e ofícios. Tantos casos em um curto período de tempo colocam a prova a preocupação dos governantes com políticas públicas que trabalhem pela manutenção do patrimônio nacional.      A falta de interesse do povo brasileiro em sua própria historia contribui também para o problema com a preservação do patrimônio. Segundo dados do G1 o número de visitantes que estiveram no Museu Nacional em 2017 foi inferior ao de brasileiros que estiveram no Louvre. Pesquisas como essa mostram a consequência do desinteresse nacional em sua herança cultural, que acarretam sobre o esquecimento da história da nação, tanto de suas conquistas quanto de seus erros.    Embora para muitos este não pareça ser um problema tão grave, a preservação do patrimônio é essencial para a construção da memória brasileira. Para a manutenção desse acervo é necessário o incentivo por parte do Estado, através do Ministério da Cidadania, para que a população frequente mais estes estabelecimentos e assim contribua com sua conservação. Tal incentivo deve vir através de propagandas e campanhas midiáticas que lembrem a importância da cultura brasileira para o desenvolvimento de um país mais justo. Dessa forma, espera-se criar uma sociedade mais engajada e ativa na preservação de seu legado.