Enviada em: 04/04/2019

A obra cinematográfica "Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba"  relata a história de um segurança noturno que, ao descobrir que as peças em exposição ganham vida e, no entanto, sofrem danificações que podem comprometê-las, parte em busca de meios para salvá-las, exaltando a importância de preservar as mesmas. Concomitante a isso, não é raro encontrar, no Brasil, tal cenário. Nessa perspectiva, os desafios que circundam o emblema devem ser superados.       É relevante abordar, em primeiro plano, que a Declaração dos Direitos Humanos, de 1948, adotou uma concepção universalista quanto o direito dos indivíduos a cultura, posto que o patrimônio histórico e cultural estão diretamente ligados a identidade nacional. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste pode ser refletido, por exemplo, nas mazelas a que estão submetidas, como foi o caso do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Segundo dados divulgados pelo G1, o museu fora afetado pela crise da UFRJ e funcionava há três anos com o orçamento reduzido, o que pode ter propiciado a catástrofe.       Faz-se saliente, ainda, a falta de interesse por parte da população, sobretudo as parcelas mais carentes do corpo social, que possuem pouco contato com a cultura histórica brasileira. Assim, de acordo com Zygmunt Bauman, a cultura sofre com a degradação de valores, característica da modernidade líquida.        Infere-se, portanto, que há entraves para garantir a solidificação desse direito. Dessa maneira, as entidades governamentais devem direcionar verbas necessárias para a proteção e preservação dos acervos históricos. Ademais, o Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Cultura e o setor midiático devem promover campanhas e propagandas nas redes sociais, bem como debates e palestras nas escolas, com profissionais qualificados, afim de divulgar a importância do contato e do cuidados para com os conjuntos culturais que afirmam nossa nacionalidade.