Enviada em: 14/04/2019

Percebe-se que, desde o Iluminismo - processo desenvolvido para corrigir as desigualdades sociais - uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o alto índice de desdenho da população em relação à preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não, desejavelmente, na prática. Devido isso, a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal postura negligente para com a sociedade.    Sob esse viés, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo da educação, Paulo Freire, se a educação por um lado, não altera o mundo, por outro, sua ausência torna inviável qualquer mudança. De maneira análoga, tal fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em medidas na base educacional que incentivem o ensino em escolas públicas sobre a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural no Brasil e, devido à falta tanto de administração quanto de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, isso não é firmado.   Por conseguinte, é que atrelado à falta de investimentos governamentais na educação brasileira, o grande desinteresse social sobre a preservação histórica e cultural brasileira é um impulsionador desse impasse. Nesse sentido, o sociólogo Durkheim afirma que o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Ao seguir essa linha de raciocínio, nota-se que é de extrema necessidade que ocorra uma mudança da mentalidade social para que haja uma transformação gradativa das atitudes sociais à cerca de tal ação prejudicial.   Portanto, é mister que indivíduos e instituições públicas cooperem para atenuar a problemática. Para que ocorra a conscientização da sociedade brasileira a respeito do problema, é necessário que o Ministério da Educação e cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas de abrangência nacional em redes televisas e redes sociais que detalhem a importância da erradicação do abandono e descaso da população à cerca da preservação patrimônio histórico e cultural no país, sugerindo ao interlocutor que busque combater cada vez mais a reincidência do abandono de patrimônios históricos e culturais. Somente assim, o Brasil se tornará um país que pratica os ideais iluministas o que beneficiará toda a população