Enviada em: 15/04/2019

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a preservação  do patrimônio histórico cultural, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não, desejavelmente, na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de investimento, seja pela falta de valorização.    É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que a falta de investimento rompe essa harmonia, haja vista que proporciona um certo abandono aos patrimônios, sendo necessário cumprimento de regras, como mostra  o artigo 23 da constituição brasileira inciso I, que se refere a competência comum da União, Estado, Distrito Federal e município conservar o patrimônio público.    Outrossim, destaca-se a valorização como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que se houvesse uma valorização maior aos patrimônios culturais visando o conhecimento das novas gerações, não aconteceria o desastre do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em que foram perdidos cerca de 20 milhões de itens e 200 anos de história, dados esses divulgados pelo portal de notícias G1.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Estado deve proporcionar uma maior estabilidade de investimento aos patrimônios culturais e demonstrar mais apoio, pois eles são a nossa história, e juntamente com o Ministério da Educação(MEC) e Cultura, instituir nas escolas a importância de se valorizar esses monumentos. Dessa forma, o Brasil poderia superar o problema.