Enviada em: 16/05/2019

No contexto literário,a Semana de Arte Moderna de 1922 iniciou um movimento para o país conquistar a sua independência cultural.Essa iniciativa abriu o caminho para a valorização da cultura e impulsionou a valorização de várias obras e artistas.Nesse sentido,os benefícios dessa corrente não são colhidos na atualidade,em face de demandas seculares que inibem a preservação do patrimônio nacional.    Em primeiro lugar,tal cenário recai sob o papel do Estado.Isso porque a carência de recursos inviabiliza a conservação do acervo.A Secretaria de Cultura de São Paulo,por exemplo,prevê o corte de 23% no seu orçamento.Tal ação culmina em cancelamentos de exposições,fechamento de vagas de alunos,demissão de funcionários e fim de projetos pedagógicos.Diante dessa realidade,o Museu da Língua Portuguesa terá sua implementação colocada em suspenso,configurando um déficit irreparável aos bens nacionais.    Além disso,essa conjuntura é sustentada pela morosidade coletiva.Para preservar o patrimônio,a Constituição Federal Brasileira afirma que o Poder Público aliado  à colaboração da comunidade,deve promover e proteger o legado cultural.Contudo,o brasileiro não tem essa percepção de importância para com os bens,uma vez que,de acordo com pesquisa da Revista Época,a maior parte da população não vê como necessário garantir essa proteção.Assim,a falta de auxílio da comunidade somada à falta de recursos sustenta o quadro de negligência atual.     Infere-se,portanto,que demandas estruturais e sociais impossibilitam a preservação efetiva dos bens nacionais.Logo,sensibilizar e conscientizar acerca do por que e como proteger é substancial.O Estado deve garantir e aprimorar recursos financeiros,bem como refinar a fiscalização de acervos,arquiteturas e museus  em parceria com o IPHAN. Ademais,a educação deve servir como instrumento de “alfabetização cultural”,através de oficinas e debates,levando à compreensão do imensurável universo histórico e cultural por parte da coletividade tupiniquim.