O futebol é um esporte que atrai espectadores pelo mundo, inclusive a população brasileira, que culturaliza, valoriza e preserva a cada nova geração. Lamentavelmente, no Brasil, muitos indivíduos não possuem a oportunidade de conhecer a história e a cultura do seu povo, o que é resultado da falta de investimento do governo e da desvalorização dos patrimônios históricos da nação. Em primeiro lugar, cabe pontuar que as instituições históricas culturais apresentam, em sua maioria, uma infraestrutura precária. Embora a lei brasileira de preservação do patrimônio histórico e cultural atenda a convenção de proteção dos recursos culturais, realizado em 1972 pela ONU e Unesco, sua aplicação encontra obstáculos, seja na ausência de estrutura para receber a população, seja na baixa circulação de mídias sobre a história do Brasil. Prova disso é o incêndio que ocorreu no museu nacional, uma catástrofe que gerou danos irreparáveis para a cultura do nação. Além disso, a ineficiente relação entre o ensino brasileiro e as instituições históricas e culturais, resulta na formação de um indivíduo com competência somente no conhecimento teórico, sem habilidades para o prático. Conforme afirmou Paulo Freire, a teoria leva ao "verbalismo", a prática vira "ativismo" e a união dos conhecimentos permite a formação da "práxis", ação criadora e transformadora da realidade. Desse modo, as implicações de uma educação segregada desvalorizam a cultura do País. Diante do exposto, fica evidente a necessidade de medidas para resolver a situação. O Ministério da Cultura com apoio do Governo, deve realizar estatísticas dos estados de conservação das instituições históricas, afim de promover a restauração dos patrimônios que necessitam de manutenções. Ademais, o Ministério da Educação, deve idealizar visitas práticas em locais de patrimônio histórico, de forma que a população tenha mais conhecimento sobre a origem do seu país. Dessa forma, os brasileiros irão reconhecer a cultura assim como já conhecem o futebol.