Enviada em: 15/06/2019

Segundo o pensamento de Nildo Lage, a cultura é o maior patrimônio de um povo. Preserva-la é resgatar a história, perpetuar valores, é permitir que novas gerações não vivam sob as trevas do anonimato. Esse panorama auxilia na análise da questão da preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro, visto que o Governo e a sociedade negligenciam o legado cultural. Diante desta perspectiva, é necessário investir em mudanças no âmbito cultural.       Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade brasileira é estruturada pela desvalorização da identidade cultural do país, no qual motiva a exclusão de referências sociais. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lage, nota-se que a contrariedade encontra-se no menosprezo de elementos nacionais e no enaltecimento de bens e espaços estrangeiros. Por conseguinte, a manutenção da herança histórica é prejudicada pela degradação dos bens, nos aproximando do desconhecimento factual.       Outro ponto relevante, nessa temática, é o descaso governamental que em 2014 reduziu em 39% o orçamento utilizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), depreciando obras de restauração e requalificação dos edifícios, incluindo reparos de infraestrutura e reforço de segurança contra incêndio. Desse modo, a ocorrência de roubos e furtos nesses ambientes se fazem cada vez mais presente. Permitindo o abandono de bens considerados de natureza inestimável e que a história do país seja desagregada.       Logo, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. É fundamental, portanto, a formação de profissionais nas áreas de Belas Artes, História e Conservação, pelo MEC e universidades, evidenciando a preparação de lidar com os bens históricos-culturais. Ademais, é vital a campanhas de divulgação de informações sobre patrimônio, pelo Ministério da Cultura (MinC), com o fito de instruir sobre a importância desses acervos para a história e continuação de valores, pelo percepção de Lage.