Enviada em: 22/07/2019

Com o início da Guerra fria, as principais potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, estavam destinadas a mostrar suas forças através de uma corrida tecnológica. Por consequência disso, muitos países também investiram nessas inovações científicas, o que ocasionou em um intenso avanço no ramo. Hodiernamente, essas tecnologias fazem parte do cotidiano dos brasileiros, e além de proporcionar uma gama de facilidades, também promoveu certa alienação, pois muitos estão dando mais valor à inovação tecnológica do que ao patrimônio histórico nacional.     Em primeiro momento, cabe ressaltar que o descaso do estado com a preservação da cultura do povo brasileiro corrobora com a perda desse patrimônio. Em 2015 o museu de Língua Portuguesa sofreu um incêndio, e este deveria servir de alerta para outros possíveis acidentes que prejudiquem a história do Brasil. Contudo em 2018 evidencia-se outro incêndio em maiores proporções, agora, no Museu Nacional, que por sua vez, comprova e evidencia a falta de precaução do Estado com o patrimônio. Sabe-se que existem órgão de proteção como o IPHAN, mas ainda não é suficiente para a preservação da herança cultural do Brasil.     Em segundo lugar, destaca-se a ignorância da população para com o patrimônio histórico, visto que não cuidam nem cobram do estado os devidos cuidados que o mesmo merece. Nesse âmbito, firma-se a ideia do filósofo contratualista, Jhon Locke. Segundo ele, para o bom funcionamento dos organismos sociais, é preciso que haja uma relação de confiança entre o Estado e a sociedade, configurando o princípio de cooperação. De acordo com isso, torna-se evidente que existe uma falha no sistema, pois nem o estado nem a sociedade cumprem sua função.     Portanto, para que o patrimônio cultural brasileiro seja preservado, medidas são necessárias. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) em conjunto com a UNESCO, deve promover nas escolas, durante as aulas de arte, história, literatura e sociologia, debates e aulas interativas, bem como conversas com artistas locais sobre a importância da história do povo brasileiro e os motivos para preservá-la. Além disso também é importante investir na criação de aplicativos que divulguem e fortaleçam o acesso à cultura, criando assim um vínculo e aproximação do patrimônio com a tecnologia. Só assim será possível construir uma sociedade voltada para a preservação de sua herança cultural.