Enviada em: 21/07/2018

As Revoluções Industriais possibilitaram grandes avanços nos meios de transporte e energia. Entretanto, tal progresso não esteve ao alcance de todos os indivíduos na sociedade capitalista desigual que se desenvolveu desde então. Os modais de transporte público, nesse contexto, surgiram como necessidade de garantir o deslocamento da população. Porém, a precariedade desse modo de deslocamento e a falta de incentivo ao seu uso o torna inviável no dia a dia.      A urbanização brasileira acentuada nas décadas de 50 e 60, nesse contexto, mostra-se como um dos fatores que propiciaram tal problema. O crescimento desordenado, aliado à ocupação de territórios sem planejamento governamental, ocasionaram a má distribuição de serviços públicos. Assim, ônibus e metrô são insuficientes para absorver todo o contingente populacional, que encontra linhas cheias e com atrasos. Esse quadro é comum em cidades como São Paulo, que, nos horários de pico, apresenta frequentemente lotação acima do desejado.     Além disso, historicamente, há um incentivo ao transporte particular em detrimento ao de massa. Com a vinda de automobilísticas no século passado, a preferência governamental baseou-se na construção de rodovias que promovessem a expansão do mercado consumidor para tal segmento. Desde então, a aquisição de carros de passeio é prioridade para os indivíduos já que, além do conforto, o transporte também oferece maior conforto e pontualidade.     Apesar do transporte público ter surgido para oferecer serviços para toda a população, a precariedade dos serviços continua a ser um obstáculo. Para alterar esse panorama, é necessário que o Governo fiscalize e multe as empresas consorciadas que não garantem pontualidade e qualidade nos serviços. Após a melhoria do transporte, é necessária a adoção de pedágios urbanos nas grandes cidades para desencorajar o uso de carros particulares. Com a adoção de tais medidas, é possível diminuir o trânsito nos centros urbanos e garantir melhores serviços para os cidadãos.