Enviada em: 09/08/2018

TEMA: A VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO BRASILEIRO             "Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou regredimos." Se Euclides da Cunha ainda estivesse vivo, já teria conhecimento do caminho que a sociedade escolheu. Afinal, uma população que banaliza os comportamentos errados e as leis no trânsito evidencia o regresso de uma sociedade que se diz "civilizada". Devido a essa falta de consciência e cuidado, o número de acidentes de trânsito aumenta no Brasil e, por isso, é necessário debater as causas e consequências desse problema no país.              Em uma primeira análise, é importante debater o motivo do aumento da violência no trânsito brasileiro. Isso acontece porque, na modernidade - e como foi definido pelo sociólogo Zygmunt Bauman - as relações sociais estão cada vez mais vulneráveis. Aliado a isso e, pós terceira Revolução Industria, as pessoas passaram a viver uma vida de cobranças e estresse. Juntando esses fatores, mais o problema de engarrafamento das estradas brasileiras uma simples "fechada" ou uma buzina pode virar motivo de briga, podendo ser, em casos mais sérios, fatal. Por isso, a falta de empatia e educação no trânsito é proporcional ao aumento da violência, visto que a maioria dos acidentes e mortes são relacionados ao comportamento do motoristas.               Além disso, o não cumprimento das leis de trânsito também é motivo para o aumento da violência. Isso decorre do fato de que o Brasil não apresenta a vigilância e a punição adequada aos infratores, o que permite uma repetição contínua dos erros. Em defesa dessa assertiva, cabe citar a série "Explicando", que em um dos seus episódios explica como a relação do não cumprimento das leis está ligado ao aumento da violência no trânsito. Portanto, se não for trabalhada a questão do comportamento da sociedade, o Brasil vai continuar a ter taxas elevadas de mortes no trânsito.              Diante da situação exposta, medidas são necessárias para reverter essa situação. Cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa violência em palestras elucidativas por meio de dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, não seja complacente com a cultura de maus comportamentos. Por fim, cabe ao Poder Público, fortalecer as políticas estaduais para enfrentamento dessa violência, capacitando os agentes de trânsito a fim de formar multiplicadores em prevenção a violência. Com essas medidas, quem sabe os leitores de Euclides da Cunha vejam que a população escolheu progredir.