Enviada em: 09/03/2018

É indubitável que o transporte público é frequente ponto de debates, intolerâncias e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época do Brasil Colonial, durante a Escravidão, quando o meio de transporte utilizado, isto é, a cadeirinha, na qual era conduzida pelos escravos para transportar os seus senhores, além de outras pessoas de classe superior, e, por conseguinte, tinha diversos incômodos, o impasse persiste, visto que, hodiernamente, ainda é notório diversos problemas referente ao deslocamento brasileiro. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas dificultam a resolução da questão.   Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, a herança histórica escravocrata de más condições de condução e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade e reivindicação no que se refere ao transporte público no âmbito tupiniquim, uma vez que a falta de pontualidade, segurança e manutenção dos ônibus com exceção das altas tarifas é um dos principais motivos de manifestações revoltantes por parte da população.   Além disso, é importante ressaltar que a Revolta do Vintém, ocorrida durante o Brasil Imperial no Rio de Janeiro, na qual o corpo social  exigia a diminuição da taxa de vinte réis, um vintém, cobrados sobre o transporte público feito pelos bondes de tração animal que serviam a população teve grande influência para os protestos existentes nos dias atuais. Crê-se que tais defeitos no sistema de transporte também provenham dos desafios dos trajetos urbanos que contribuem para o detrimento dos veículos coletivos. A Biologia nos mostra com Charles Darwin que nem sempre é o mais forte quem sobrevive, mas aquele que melhor se adapta a novas situações. Nesse sentindo, é possível afirmar que medidas precisam ser tomadas para que haja mudanças no transporte público e, assim, adaptações além de eficiência conveniente para o povo e, inclusive, para pessoas deficientes.   Convém, desse modo, ao Estado de cada região promover, com uma parcela dos impostos estaduais, concertos em rodovias degradadas, contemporaneamente, já que essas causam grandes estragos nos ônibus que acabam afetando, dessa maneira, a população, para que, assim o tecido social usufrua de um meio de transporte de qualidade. Ademais, o Poder Público entremeado com empresas de produção de ônibus deve, com uma parte dos tributos públicos, investir em transportes de segurança e que sejam movidos a combustíveis econômicos para que, dessarte, os passageiros paguem mais barato e só o que foi realmente utilizado de gasolina até seu destino. Afinal, um pais que já foi fortemente atacado pela Revolta do Bonde é digno de passagem acessível e de transporte apropriado.