Enviada em: 22/03/2019

Na pré-história, devido a dificuldade e escassez de alimento, os seres que conseguiram sobreviver foram aqueles capazes de estocar a maior quantidade de gordura. Na atualidade, este mecanismo evolucionista se viro contra o próprio portador, ameaçando sua longevidade e qualidade de vida.   Antes de mais nada, deve-se considerar o estilo de vida contemporâneo, onde a facilidade e inventivo contribuem majoritariamente para a má alimentação. Exemplo disto é a promessa do delivery, que oferece produtos altamente calóricos sem a necessidade de deslocamento do consumidor. Semelhante são os fast food's que, com o auxílio da mídia, incita a ingestão de muitas calorias por preços baixos. Os poucos que buscam uma vida mais saudável são desincentivados por dietas mirabolantes e o alto preço dos alimentos.   Bem como a facilidade no acesso aos alimentos gordurosos e ricos e açúcares, está o cômodo transporte que, pela falta de alternativas, contribui  para o sedentarismo e, somado a má alimentação, resulta na obesidade. Segundo a revista médica The Lancet, o excesso de peso pode reduzir até 10 anos de vida causando, não só a morte prematura, mas a redução da qualidade de vida graças a fragilidade do obeso mediante a doenças cardíacas e respiratórias. Infelizmente, o Brasil é um dos países com o maior número de indivíduos obesos, onde mais da metade da população se encontra neste quadro.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para que se reduza o número de casos de excesso de peso no Brasil, é crucial que o Ministério da Infraestrutura construa mais pistas de cooper e ciclovias para incentivar a prática de atividades físicas e o transporte alternativo. Ademais, é preciso que o Ministério da Fazenda reduza os impostos sobre os alimentos pouco calóricos, como frutas e hortaliças, para estimular o consumo destes por todas as classes brasileiras. Quem sabe assim, o estilo de vida saudável deixe de ser uma utopia para o Brasil.