Enviada em: 26/08/2017

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a alimentação sofreu grandes mudanças. Ainda durante o conflito, pesquisas estavam sendo feitas em prol do desenvolvimento de alimentos processados, para que demorassem mais a perecer, o que fez com que esse tipo de comida se popularizasse muito. A franquia "Mc Donnald's", por exemplo, surgiu nesse contexto, bem como outros restaurantes "fast food". A questão, porém, extrapola os industrializados; no Brasil, principalmente, o uso de agrotóxicos e da transgenia tem aumentado cada vez mais, o que é um problema.       Apesar dos lucros provenientes do agronegócio brasileiro, é possível que os gastos com saúde pública aumentem futuramente devido à alimentação. Desde o princípio da Revolução Verde, na década de 60, o Brasil precisou se adequar às demandas da produção agrícola, e para isso, passou a utilizar produtos fitossanitários e a modificar geneticamente os alimentos. Hoje, a nação verde e amarela ainda usa 23 agrotóxicos que são proibidos no restante do mundo, de acordo com a plataforma digital da Carta Capital, o que é bastante problemático, já que essas substâncias, comprovadamente, aumentam os riscos de se ter câncer.       Além disso, também é um fator preocupante que hoje não mais são priorizados os alimentos em sua forma natural. Isto é, para que as produções sejam aceleradas, alterações genéticas são feitas nos vegetais: a transgenia. Em 2015, a chamada "bancada ruralista" brasileira extinguiu a obrigatoriedade de colocar o selo que indica que o alimento é transgênico. Esse fato evidencia, inclusive, a gravidade da situação: há uma intencionalidade de omitir a origem dos alimentos no Brasil. Por esse motivo, ainda que os industrializados em geral tenham altos índices de sódio, gordura e açúcares - prejudiciais para a saúde em grandes quantidades - vale ressaltar que, mesmo antes desse processo produtivo ser alcançado, legumes e grãos já foram alterados no início da cadeia de produção.        Tendo em vista a atual conjuntura, é evidente que medidas precisam ser tomadas. Em primeiro lugar, é necessário que os produtos industrializados tenham suas fórmulas melhoradas; o governo pode promover incentivo fiscal para as empresas alimentícias que reduzirem o teor de sódio e gorduras em seus produtos, por exemplo. Além disso, devido ao uso de agrotóxicos e da transgenia, faz-se fundamental uma maior e mais efetiva fiscalização do Ministério da Agricultura acerca da utilização desses insumos, fazendo com que a aplicação irregular seja sancionada. Instituições como a de Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) também podem agir mais pontualmente, promovendo, por exemplo, campanhas televisivas que incentivem a população a optar por orgânicos. Assim, uma melhor alimentação pode existir na sociedade brasileira.