Enviada em: 30/10/2017

Ao contrário do posicionamento positivista de Émile Durkheim, Max Weber defende como tese que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados para que se extraia deles o seu sentido.Nessa lógica, percebe-se que, desde  consolidação do capitalismo no século XVI e a ampliação das jornadas de trabalho no Brasil, o ser humano vem se distanciando dos cuidados com à alimentação. Tal fato tem contribuído negativamente para o crescente número de cidadãos obesos, afetando consequentemente as instituições públicas de saúde que precisam atendê-los. Desse modo, é fundamental analisar os fatores que provocam e os efeitos da problemática em questão.    A priori, nota-se o comportamento inadequado da população relativo às práticas saudáveis. A começar pela alimentação gordurosa; se por um lado os produtos estão cada vez mais acessíveis, fáceis de serem feitos, por outro encontram-se menos nutritivos e mais calóricos. Aliado a isso, os “mini rótulos” estão sendo, muitas vezes, esquecidos pelos consumidores. Além de não se preocupar com esses aspectos, uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) comprova que apenas um a cada cinco brasileiros pratica exercícios físicos e atividades como caminhadas.Vê-se com isso, a necessidade de apontar os efeitos sociais gerados por tal negligência.      É fundamental pontuar, ainda, que os maus hábitos da população na alimentação contribuem para impasses na saúde pública. Prova disso, está nos crescentes casos de hipertensão e diabetes, em crianças, adolescentes e adultos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a tamanha demanda de pacientes tem provocado a diminuição de equipamentos como medidores de pressão, em consequência do constante uso, devido ao alto índice de indivíduos com pressão alta. Ademais, os centros públicos encontram-se cada vez mais lotados, isso porque muitos indivíduos acabam adquirindo doenças psicológicas por estarem acima do peso e sofrerem preconceitos.       Destarte, fica claro, a necessidade de combater os alarmantes casos de adiposes no país. Para isso, cabe ao Ministério da Saúde juntamente com o terceiro setor, promover campanhas e palestras educativas nos mais variados locais, principalmente em escolas, incentivando uma boa alimentação e enfatizando os efeitos positivos dos exercícios e atividades físicas, afim de atenuar o número de cidadãos com colesterol alto, obesidade, osteoporose e doenças cardiovasculares. Em consonância, é preciso que o Governo Federal invista na criação e reestruturação de centros esportivos estimulando pessoas a buscarem tais ações. Por fim, como a filosofia nos mostra com Platão: “O importante não é apenas viver, mas viver bem”.