Enviada em: 23/08/2018

No livro “O Cortiço” a personagem Pombinha sofre um estupro e, posteriormente, torna-se uma prostituta. Embora seja uma obra de ficção, ela mostra questões relacionadas à prostituição no Brasil. Entre elas não só fatores culturais, mas também financeiros.         Primordialmente, existe uma cultura de idolatria ao corpo feminino jovem. Sob esse viés, a Escola de Frankfurt defende que a arte em geral é utilizada para determinar o agir e pensar dos cidadãos. Nesse sentido, não faltam exemplos no cinema, tal qual o filme “Lolita”, em que adolescentes são símbolos sexuais. Assim, homens, influenciados culturalmente, só se sentem satisfeitos ao conquistarem uma ninfeta. Consequentemente, isso gera abusos contra meninas, e o trauma causados nelas, torna-se fator preponderante no ingresso da prostituição.         Outrossim, é imprescindível analisar o aspecto financeiro do país, o qual influencia mulheres a se tornarem meretrizes. Nessa perspectiva, conforme o economista Pikkety, o Brasil é a nação que apresenta a maior concentração de renda do mundo. Somando-se a baixa qualidade educacional, forma-se moças pobres e sem qualificação. Por conseguinte, algumas só conseguem obter uma renda pela venda de seus corpos.         Fica claro, portanto, que medidas são fundamentais para combater os problemas supracitados. Cabe ao Ministério da Cultura incentivar filmes que rompem com o esteriótipos de ninfeta, isso pode ser feito pelo desenvolvimento de mostras culturais com conteúdos positivos, a fim de romper com valores machistas. Ademais, é dever do legislativo diminuir a concentração de renda, por meio de uma reforma tributária, para que os pobres aumentam o poder aquisitivo.