Enviada em: 21/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride no momento em que um se mobiliza com o problema do outro, contudo, quando se observa as questões relacionadas à prostituição no Brasil, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Desse modo, é imperativa a análise dos efeitos da exploração sexual infantil e o panorama da violência feminina na prostituição, a fim de buscar melhores perspectivas para o bem comum.         Sob esse viés, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente garantir um amparo para o crescimento saudável da juventude, o problema da prostituição infantil no Brasil representa o descaso do governo quanto àqueles que serão o futuro da sociedade. Por estarem em um período da vida em que o Lobo Frontal, responsável por tomar decisões e conter atitudes impulsivas, estar em pleno desenvolvimento, a vulnerabilidade a agressões físicas e psicológicas cuja a exploração infantil expõe, pode ser um risco grande para a má formação psicológica. Assim, mais do que proteção e cuidado por meio de leis, é necessário ações incisivas para acabar com a prostituição infantil e, consequentemente, evitar a geração de futuros cidadãos traumatizados.         Somando a essa questão, pelo fato das mulheres possuírem o índice de massa muscular inferior ao dos homens, como também serem vítimas de um contexto histórico de inferioridade, a violência é um empecilho pertinente na prostituição. Segundo a Associação de Profissionais do Sexo do município de Picos-PI, das 450 mulheres entrevistadas, 41% já sofreram algum tipo de agressão. Ademais, percebe-se que, além das fragilidades naturais e sociais do sexo feminino, as condições de trabalho, como locais escuros e com pouca ou sem segurança, favorecem esse panorama de violência e, como reflexo, contribui para os casos de feminicídio no Brasil.          Já dizia Thomas Hobbes, portanto, que é necessário que o Estado exerça poder para coibir os males da sociedade. Logo, cabe ao Ministério da Saúde e ao governos locais, criarem centros de apoio  para crianças e adolescentes nas escolas e em unidades de saúde, cujo os profissionais, das áreas da educação, saúde e do conselho tutelar, terão a função de acompanhar as famílias e dar o apoio necessário, com a finalidade de reprimir os casos de exploração infantil. Além disso, é importante o Poder Público, ONGs e as polícias, desenvolverem cadastros de pontos da prostituição nas cidades e, dessa maneira, fiscalizar e combater casos de violência contra as mulheres, a partir de rondas de viaturas e do acolhhimento de relatos para investigações. Realizadas essas medidas, melhores perspectivas surgirão para o bem comum da sociedade brasileira nesse aspecto.