Enviada em: 23/08/2018

Segundo a Constituição de 1988, os indivíduos têm direito ao trabalho digno e salubre. Entretanto, é notório que muitas mulheres se prostituem em busca do sustento financeiro. É necessário, portanto, analisar as origens e as consequências desse problema a fim de reduzi-lo.  A falta de oportunidades é uma das principais causas desse tipo de prostituição. Na sociedade atual, a busca por melhores condições de vida estimula uma competição social na qual os indivíduos que não tiveram educação de qualidade não são capazes de disputar as melhores vagas de trabalho, restringindo a renda familiar e estimulando a prostituição. Prova disso é que, segundo pesquisa da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), 70% das prostitutas não tem profissionalização, sendo que 24,3% não concluíram nem o ensino médio e, além disso, 55% fazem esse serviço para complementar a renda familiar.  Por conseguinte, os problemas dessa prostituição atingem não só o indivíduo, mas também o corpo coletivo. Por um lado, a violência (física e psicológica), a gravidez indesejada e a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis afetam diretamente a saúde da pessoa. Por outro, a exploração de menores nesse processo, a formação de redes de rufianismo e o aumento clínicas clandestinas de aborto atingem a sociedade como um todo. Com isso, é perceptível que as mazelas inerentes à prostituição afetam a todos e devem ser debatidas como um problema da sociedade e não do indivíduo.  Urge, portanto, adotar medidas que reduzam esse problema. No primeiro plano, é necessário ampliar o número de vagas de empregos nos variados setores, por meio de políticas de obras públicas, gerando novas vagas de emprego, e reduzindo , assim, a escolha da prostituição. Por outro, é necessário adotar um sistema de ensino que facilite a entrada de indivíduos que abandonaram a escola, reeducando e preparando essas pessoas ao mercado de trabalho. Por fim, cabe aos pais e as escolas viabilizar um ambiente de ensino adequado aos jovens para evitar que