Enviada em: 13/10/2018

A Prostituição Infantil em Questão no Brasil      No sistema econômico em que vivemos, o ser humano necessita exercer alguma atividade que lhe garanta a renda e, com efeito, a sobrevivência. Desse modo, na falta de oportunidades dignas de trabalho, pessoas se veem obrigadas a exercer afazeres degradantes e altamente insalubres. No Brasil, país historicamente marcado por desigualdades sociais, muitas famílias são obrigadas a compactuar com a prostituição infantil. Esse fator, aliado à grande procura pelo serviço, cria terreno fértil para a exploração sexual de crianças.      Acima de tudo, se faz necessário abordar as consequências desse tipo de atividade à vida presente e futura da criança. Em um primeiro momento, além da exposição à Doenças Sexualmente Transmissíveis, há a potencialização do risco da criança desenvolver comportamentos depressivos. No longo prazo, segundo pesquisa da psicóloga Vanessa Fioresi, na qual houve acompanhamento de 120 pessoas entre 26 e 42 anos, traumas de caráter invasivo, como a exploração sexual, colaboram para o desenrolamento, na vida adulta, de quadros de transtorno de ansiedade generalizada.     Agora, se faz necessário analisar o quadro sob à ótica de quem oferta o serviço. Nesse ponto, tem-se famílias sem qualquer perspectiva de melhora da situação de pobreza. Em tais casos, essas famílias tem maior probabilidade de sofrer aliciamento por agentes desse submundo da prostituição. O quadro se tornou crítico, principalmente, em regiões do Nordeste, onde o Ceará, segundo a PF, lidera os índices de pontos de exploração sexual infantil em rodovias. No estado, em 2018, foram descobertos 81 locais de prostituição infantil, um crescimento expressivo, já que, em 2013, foram apenas 14,      À perspectiva de quem procura pelo serviço, há homens de bom poder aquisitivo e que possuem fantasias sexuais mais intensas na figura infantil do ser humano, comportamento denominado pedofilia. Considerada como doença pela OMS, tal patologia é pouco mencionada nessas questões o que gera uma ineficiência em sua solução, que , longe do simples encarceramento, se passa por acompanhamento psicológico e a consequente supressão desses desejos sexuais por parte da pessoa.      Concluindo, é possível deduzir boas soluções para o grave problema de prostituição infantil no país. Primeiramente, às famílias mais vulneráveis, tem-se a ampliação de política sociais, como o Bolsa Família, uma excelente alternativa no curto prazo. No longo prazo, a problemática será atenuada com oportunidade dignas de emprego para essas famílias, o que deve ser feito com a liberalização da economia por parte do poder legislativo, com ajuste fiscais e desburocratização. Quanto à pedofilia, acompanhamento psicológico imediato à quem for preso por tais crimes se mostra essencial.