Enviada em: 08/10/2018

A discussão acerca da prostituição no Brasil tem duas vertentes: há aquelas pessoas que são coercitivamente iniciadas na atividade e há também aquelas que mesmo tendo suas necessidades básicas atendidas, optam pela prostituição. De uma maneira ou de outra, o Estado deve impedir que a única alternativa para um cidadão seja a prostituição, mas deve cria meios para aqueles que desejam, possam trabalhar de forma segura.        No Brasil, quando um fato acontece em razão de atender as vontades do indivíduo do sexo masculino, a sociedade frequentemente ignora, por mais grave que seja. Na obra ‘‘O Crime do Padre Amaro’’, de Eça de Queiros, essa questão fica evidente, pois no livro, as pessoas próximas do protagonista ignoram o fato dele engravidar uma mulher, renegando os princípios do sacerdócio, e algumas ainda o ajudam a ocultar o crime. No caso da prostituição, a sociedade conhece muito bem as causas - miséria, desigualdade social, desemprego-, mas negligenciam, pois tal situação favorece a satisfação do indivíduo adulto e homem.              Entretanto, é evidente que existem casos de pessoas que optam pela prostituição como forma de trabalho, mesmo não sendo essa a única alternativa. Assim, é dever do Estado, criar meios para que essa profissão não fique à mercê de aliciadores ou até mesmo dos traficantes e se associe ao tráfico de drogas, violência e abusos como cotidianamente são retratados nas páginas dos jornais.         Dessa forma, abandonar o comodismo diante das mazelas sociais é obrigação de todos. Nesse sentido, cabe ao Governo Federal, reavaliar suas políticas de combate à pobreza e ao desemprego buscando eliminar os grupos vulneráveis a prostituição, e cabe a população fiscalizar as ações do governo. Por outro lado, usando-se do Ministério da Educação, o Governo deve fomentar a criação de escolas de tempo integral, pois além de dar mais chances ao jovem, o retira das ruas e da ociosidade. Por último, mas ainda sob responsabilidade do governo, as autoridades civis e militares devem combater amplamente os crimes que atende contra a segurança dos profissionais do sexo e impedir o envolvimento com o tráfico de drogas.