Enviada em: 11/10/2018

Ao longo do processo histórico de formação do Estado brasileiro, do século XV ao XXI, as desigualdades sócio-econômicas estiveram presentes, devido a intensa concentração de renda, causando inúmeros problemas sociais, dos quais pode-se citar a prostituição que é a troca de práticas sexuais por dinheiro. Esse problema deve ser enfrentado, haja vista dois aspectos: a falta de oportunidades para se inserir no mercado de trabalho e a violência contra prostitutas.      Durante a Idade Média os princípios morais da igreja católica foram inseridos no Brasil no período colonial pelos portugueses, entre esses princípios há aquele que condena a prostituição como algo pecaminoso e imoral. Esse pensamento de imoralidade ainda é forte nos dias atuais  o que resulta em uma intensa exclusão social. As pessoas que sofrem desse pre-conceito, conforme dados de pesquisa feita pela Revista Brasileira de Enfermagem, são vítimas de violência física, psicológica e até mesmo sexual, onde das 450 mulheres entrevistadas mais de 184 já sofreram algum tipo de agressão.      Outrossim, as pessoas que optam por praticar a prostituição, ainda que tenham ciência do julgamento de imoralidade, da violência e da possibilidade de contrair e propagar doenças sexuais, fazem isso por não terem alternativas de entrarem no mercado de trabalho. Além disso envolver aspectos educacionais, pois ,segundo a Fundação Mineira de Educação e Cultura, mais de 360.000 pessoas em situação de prostituição não possuem o ensino médio completo, envolve também problemas sociais complexos como o abuso de menores e o aumento dos casos de aborto, ficando evidente a necessidade do Estado e da Sociedade se mobilizarem para tentar amenizar essa situação.      Por conseguinte, o impasse deve ser resolvido. Os ministério municipais e estaduais de educação devem  criar campanhas e programas que incentivem a continuação escolar das pessoas de baixa renda através da parceria com empresas como Youtube, Twitter e Facebook que podem utilizar do apoio de pessoas de grande influência no meio digital para arrecadarem doações para que as pessoas com maior possibilidade de entrarem no meio da prostituição tenham acesso a um ensino gratuito de qualidade levando-as a escolherem outro caminho profissional, e para que o pre-conceito sobre a prostituição seja combatido com o depoimento voluntário de pessoas que vivem nessa situação e que possuem uma realidade totalmente diferente daquela que está no senso comum da sociedade. Além disso, é preciso que o Ministério do Trabalho e Emprego crie leis que protejam a dignidade física e psicológica dessas pessoas dos vários tipo de violência que elas estão sujeitas e  incite essas vítimas a buscarem ajuda contra os agressores em delegacias com setores destinados a esses tipos de violência.