Na Grécia Antiga, os sofistas eram conhecidos como prostitutos do saber, visto que eles vendiam seus conhecimentos aos cidadãos gregos para que estes ganhassem as discussões políticas feitas na ágora. Hodiernamente, a palavra prostituição remete a outro significado: a venda do corpo. A priori, é irrefutável afirmar que o ato de se prostituir acontece inteiramente pela busca do prazer. Grande contingente dessa parcela de pessoas vendem o seu corpo por questão de necessidade, que é fruto da desigualdade social no Brasil. De acordo com a FUMEC, Fundação Mineira de Educação e Cultura, a estimativa de pessoas que trabalham com a prostituição é de 1,5 milhões de pessoas. Ainda segundo a pesquisa, 28% das mulheres estão desempregadas e 55% estão em busca de um sustento extra. Em contrapartida, as consequências são colossais e afeta majoritariamente as pessoas que vivem da prostituição. Muitas mulheres são violentadas e há diversos casos de famílias que exploram os filhos desde crianças para que eles ajudem na renda de casa, e isso aumenta a chance do indivíduo desenvolver doenças psicológicas, que também pode acontecer por causa da banalização da mulher na sociedade. Ademais, há o alastramento das DST's, doenças sexualmente transmissíveis. Mediante os fatos supracitados, em conjuntura com o célebre pensamento de Immanuel Kant, de que é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade, é imprescindível que a população realize debates, por intermédio das mídias televisivas e sociais, assim promovendo uma inserção dessas pessoas no corpo social, visando o fim da cultura patriarcal. Outrossim, o Governo Federal deve disponibilizar verbas para que a população tenha acesso à uma educação de qualidade e para que a perspectiva de ter um emprego não seja apenas uma utopia.