Enviada em: 14/10/2018

Desde a Grécia Antiga, a prostituição já era uma prática comum, havendo, até mesmo, bordéis financiados pelo Estado. Sob esse viés, hodiernamente, no panorama nacional, a prostituição é extremamente estigmatizada e mal vista pela opinião pública. Em vista de desse cenário, não se pode deixar de analisar as causas que levam a adesão ao mundo da prostituição, assim como a persistência de uma discriminação contra as profissionais do sexo.   Em primeira análise, cabe pontuar que a recorrente migração de jovens para a prostituição é fruto, sobretudo, da enorme desigualdade social no país, somada à não contemplação dos direitos sociais de uma parcela marginalizada da população. Nesse ínterim, é perceptível que a falta de oportunidades é uma fator que fomenta a "escolha" pela prostituição. Isso fica evidente  mediante a  análise de dados da Fundação Mineira de  Educação e Saúde(FUMEC), os quais afirmam que, entre as prostitutas do país, 24,3% não concluíram o ensino médio e 70% não possuem nenhuma profissionalização. Dessa forma, é importante que o Estado atue sinergicamente no processo de democratização do acesso à educação de qualidade, além de intensificar as políticas de amparo social aos mais vulneráveis.    Outrossim, segundo o cientista Albert Einsten, é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito. Tal preceito pode ser evidenciado numa conjuntura brasileira - em que as prostitutas, além de sofrerem constantemente com a  exploração sexual e violências físicas e psicológicas, são alvo de um forte preconceito por parte da população. Isso ocorre, lamentavelmente, em razão do costumeiro julgamento,  pela sociedade, da conduta moral das pessoas e seus valores apenas pelo ofício e posição social. Assim, não é levado em conta que muitas dessas mulheres - que enfrentam perigos e humilhações diariamente - são donas de casa que precisam de dinheiro para sustentar duas famílias.  Torna-se evidente, portanto, que as questões relacionadas á prostituição perpassam por medidas governamentais, bem como pela mudança da mentalidade social. Destarte, é imperioso que a educação proficiente tone-se acessível a todos os estratos sociais e que os programas de geração de emprego e renda sejam intensificados, o que pode ser feito por meio de políticas públicas engendradas pelo Ministério da Educação , juntamente ao Ministério do trabalho, como o fito de evitar que cada vez mais jovens adentrem ao mercado do sexo. Por fim, é mister que as instituições de ensino tratem dos do assunto, esclarecendo os ditames do mundo da prostituição, por meio de de palestras, documentários e discussões, com o objetivo de elucidar as mazelas por trás desse, afim de mitigar o preconceito direcionado às prostitutas.