Enviada em: 15/10/2018

A prostituição no Brasil é alvo de preconceitos e enxergada como crime pela sociedade, uma vez que as pessoas que praticam essa função são submetidas a violências frequentes nos seus cotidianos, o que prejudica suas relações sociais em grupos coletivos próximos. Sendo assim, a falta de informação sobre a legalidade constitucional do ato de prostituição e o pouco assistencialismo social aos indivíduos que praticam esse tipo de trabalho são fatores que acarretam a perpetuação e o desenvolvimento crescente da violência. Além disso, a exploração sexual torna-se um aproveitamento do estado vulnerável em questões financeiras das pessoas que se prostituem-se como forma de obter algum tipo de renda. Desse modo, essas pessoas convivem com a extrema discriminação social.       Nesse sentido, analisa-se que a prática da prostituição, muitas vezes, é vista como única alternativa de renda para sustentar a própria família, o que revela o resultante das desigualdades sociais que impera diante da péssima distribuição de renda e não garantia de oportunidades e direitos básicos estabelecidos na Constituição Federal de 1988. Com isso, observa-se que os indivíduos que vedem seu corpo para o ato sexual são banalizados e colocados a margem da sociedade, já que o desrespeito a essa profissão é frequente na população. Assim, esses cidadãos são pressionados pelos diversos tipos de violência, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele. Dessa maneira, a falta de políticas públicas no combate ao preconceito e a violência em relação a essas pessoas torna-se um obstáculo.       Sobretudo, a pouca circulação de informações a respeito da prostituição proporciona que a coletividade marginalize essa profissão e a criminalize em seu âmbito de desenvolvimento. Sendo assim, muitos indivíduos são vítimas da ignorância e do preconceito, o que garante o não reconhecimento dessa função como trabalho diante da sociedade brasileira. Além disso, o pouco assistencialismo social permite que os próprios cidadãos que se prostituem sejam alvo da exploração sexual, já que estão expostos a qualquer forma de violência. E, isso possui um contexto histórico no brasil, umas vez que muitos senhores de engenho abusava de suas escravas, caracterizando-as como prostitutas. Logo, o desrespeito em relação a prostituição possui uma carga histórica e social.       Por conseguinte, é fundamental que o Estado, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, promova a divulgação de informações sobre a prática da prostituição e desenvolva programas de combate a violência e ao preconceito vinculados a este trabalho, de maneira que as escolas e as universidades discutam o assunto e envolva a participação popular, o que desenvolve um senso crítico e de maior respeito. Além disso, os Centros de Assistência Social (CRAS), por sua vez, podem propiciar palestras e projetos nas comunidades para conhecer e esclarecer dados sobre a prostituição.