Enviada em: 13/06/2017

A previdência social brasileira é fruto da contribuição de trabalhadores de diversas áreas enquanto parte da População Economicamente Ativa (PEA) visando garantir futuramente a estes, condições financeiras para se manterem. No entanto, vem decorrendo-se mudanças tanto quanto discutidas mas necessárias para seus benefícios continuarem a serem usufruídos pelas presentes e futuras gerações.  Diante de um rombo de aproximadamente R$ 150 bilhões no ano de 2016 segundo pesquisas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e sob a perspectiva de aumento gradual ao longo dos próximos anos de um déficit no sistema previdenciário, vem sendo proposto a diminuição deste número sob uma reforma previdenciária, assim como já aconteceu em países como França, Japão e Estados Unidos. Tais modificações propõem uma idade mínima de 65 anos para uma aposentadoria integral e 36 meses de contribuição para a solicitação desta por invalidez.  Entretanto, na prática não se é tão simples quanto parece na teoria. Segundo uma pesquisa realizada pelo portal de recrutamento de vagas de emprego (vagas.com), cidadãos desempregados após os seus 40 anos de idade, tem mais dificuldade de novamente se recolocarem no mercado de trabalho, até mesmo aqueles em que possuem uma grande bagagem de experiência e graduação completa, diante de uma justificativa de distintas empresas em considerar os mais jovens com maior disponibilidade para se dedicarem ao trabalho.  Destarte, para uma reforma não só previdenciária mas também social, é fundamental em primeiro plano realçar a necessidade dessa reestruturação para continuar a possibilitar tais auxílios, através de um esclarecimento a toda população do que venha a ser com seus pontos positivos e negativos exemplificando situações como de outros países e possibilitando a participação cidadã e de economistas para que se ocorra de modo estruturado e planejado. Ademais, é essencial a criação e divulgação de campanhas que enfatizem a Constituição de 1988 do Princípio da Não-Discriminação, possibilitando a recolocação de desempregados no mercado de trabalho e assim tornando viável tanto o novo sistema previdenciário quanto o que diz Victor Hugo, escritor e dramaturgo francês em um de seus livros: ''Saber exatamente qual parte do futuro que pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo.''