Enviada em: 15/06/2017

Como bem disse Richard Rorty "Que tipo de mundo podemos preparar para os nossos bisnetos?"  Atualmente as discussões visando às reformas do sistema previdenciário no Brasil causaram abundantes dissidências. Muitos são os pontos de vista e opiniões, mas o que pouco se considera é que a previdência responde hoje por 97% do déficit nas contas públicas, o que acarreta em prejuízo das demais áreas prioritárias para a sociedade como saúde e educação.   O rápido envelhecimento da população, somado ao aumento da expectativa de vida, ajudam a explicar a situação das contas da Previdência. Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam a necessidade de o sistema previdenciário brasileiro ser modernizado e aperfeiçoado. Segundos eles, o tempo de vida do brasileiro hoje é de 75,5 anos, e em 2050, o esperado é que a população de idosos do país triplique. No site do IBGE também se percebe uma considerável desigualdade, em relação às expectativas de vida nos diferentes estados do Brasil, Santa Catarina, por exemplo, tem-se um número próximo de 82 anos, enquanto em Alagoas esse número se reduz para 70 anos.   Destarte, têm-se dois objetivos fundamentais com a renovação do modelo previdenciário, primeiro, garantir que os aposentados e pensionistas atuais continuem recebendo seus benefícios, e, segundo, tão primordial quanto, assegurar que as próximas gerações também tenham acesso à previdência social, sem que para isso ajam maiores transtornos aos cofres públicos.    Portanto, é imprescindível dar importância para as diferentes possibilidades vigentes em determinados estados e regiões, fazendo-se necessário um tratamento referente à previdência díspar para esses indivíduos, levando em conta que terão oportunidades e qualidades de vida totalmente desiguais. Uma forma de solução, seria Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na hora de aposentar o individuo considerar o local onde a pessoa trabalhou a maior parte do tempo, e assim, designar um aumento ou diminuição nesse valor com referencia nos índices de saúde e anos vividos, favorecendo aqueles que tiveram menor qualidade de vida ao longo de sua jornada de trabalho.   É essencial também a promoção por parte do estado, de bônus e prêmios para aqueles que permanecerem mais tempo ativos no mercado de trabalho, bonificação essa que adquira crescimento com os anos, gerando assim incentivo para a população.