Enviada em: 18/06/2017

A fluir              A filosofia de Parmênides diz que não há movimento e tudo é constante. Assim se encontra a atual reforma do sistema previdenciário brasileiro, no qual depende o futuro de milhões de trabalhadores no país. Essa imobilidade é em virtude de décadas do mau uso do orçamento público, bem como o descaso com as políticas sociais voltadas ao trabalhador.                 A priori, parafraseando o Filósofo francês Jean J. Rousseau, a previdência nasceu boa, porém os políticos brasileiros a corromperam. Em meados de 1950, o então presidente JK retirou verbas do sistema previdenciário para financiar o parque industrial no Brasil. Não obstante, o que foi iniciado é uma tradição de saques à aposentadoria do trabalhador brasileiro, em prol de obras com caráter duvidoso. Outro exemplo disso é a construção da transamazônica no governo militar.          Outrossim, estudos realizados pelo IBGE há 30 anos, já apontavam o envelhecimento populacional brasileiro e consequentemente o aumento do uso previdenciário. No entanto, o Estado não deu a devida importância ao estudo e não preparou o país para o atual semblante social. Por conseguinte, os trabalhadores que buscam o direito de se reformar, esbarram na possibilidade de ver aumentar a idade mínima para se aposentar.                 Desse modo, a soma de um sistema previdenciário estático com um sistema político que não pensa no bem da população é a receita para o descaso com o trabalhador. Por isso, é importante que seja realizado um profundo debate sobre a reforma por meio de peças publicitárias por meio das mídias televisivas com o aporte do erário, para elucidar o laborioso sobre as mudanças na previdência. Além disso, o Estado deve diminuir os gastos com a máquina pública, como reduzir os custos com o congresso a fim de não penalizar o trabalhador com aumento do tempo de serviço. Ademais, a sociedade precisa cobrar celeridade na reforma, sem que ocorra perda de benefícios. Ainda assim, os estamentos sociais necessitam exigir canais de comunicação com os Governantes para que venha prevalecer o interesse público sobre o político. Por fim, a filosofia de Heráclito diz que tudo está em uma constante mudança adaptativa. Esse é o pensamento que a reforma da previdência brasileira carece para que o trabalhador brasileiro passe a fluir.