Enviada em: 19/06/2017

Redução na taxa de fecundidade. Diminuição da PEA (População Economicamente Ativa). Aumento da qualidade de vida. São características que simbolizam: a tendência da população brasileira em ter mais idosos, já que eles estão vivendo mais, e a baixa reposição de jovens no mercado de trabalho. Dentro desse contexto, recentemente está sendo avaliada a reforma previdenciária do País. Diante disso, há pontos a serem reavaliados, como o tempo mínimo de contribuição igualitário para todos os estados e a para todos os gêneros.   Um ponto contribuinte para uma reforma desequilibrada são as desconsiderações peculiares estaduais. A partir do momento em que é aprovado uma reforma na qual iguala a idade mínima (65 anos) de aposentadoria brasileira, ocasiona uma desproporcionalidade entre o tempo de contribuição do trabalhador e o período mínimo de benefício de sua aposentadoria desfrutada, incentivando desvantagem aos locais como o Maranhão, no qual é o estado com menor expectativa de vida (70,3 anos), proporcionando à essa região em, aproximadamente, 5 anos de proveito. Logo, as autoridades competentes estão negando a oportunidade de um planejamento futuro existencial.    Em segundo lugar, há o desfavorecimento da condição feminina. Além da situação física fragilizada dos idosos e a idade avançada incentivar a demissão desses, há também o contexto da dupla jornada em que, infelizmente, muitas mulheres ainda se encontram, no qual trabalham e se dedicam à casa, o que nesses casos é desgastante, porém a reforma previdenciária insiste em igualar a idade de aposentadoria de ambos os gêneros sem considerar a sobrecarga de trabalho delas. As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado, comprovando a necessidade de uma reforma reavaliada.        Infere-se, portanto, a importância de uma reforma previdenciária, em certos pontos, adaptada. Cabe ao governo reduzir a idade mínima feminina para se aposentar, por meio da substituição com amparo trabalhista aos muitos idosos desempregados, que ainda não concluíram seu tempo de contribuição. Além disso, para aqueles lugares com as menores expectativas de vida, é necessário investir nos setores: em qualidade de atuação médica, com tratamentos adequados, reposição de medicamentos; melhorando as condições de vida, como saneamento básico; e também campanhas midiáticas, por meio de propagandas, internet, rádio, incentivando hábitos alimentares adequados e as práticas esportivas; Assim, aumentará o tempo de desfrute da aposentadoria, já que haverá qualidade de vida, e não precisará reduzir o período mínimo de trabalho.