A expectativa de vida no Brasil aumentou significativamente nas últimas décadas, segundo o Ministério da Previdência Social (MPS). Dessa forma, é possível afirmar que o grande número de aposentados compromete seriamente o orçamento do Governo Federal. Isso se evidencia não apenas pelo baixo número de trabalhadores ativos, mas, também, as antigas leis trabalhistas à espera de uma reforma. Relativo a esses idosos inativos, sabe-se que muitos estão em plena forma física e mental. Segundo a revista Viva Saúde, pelo menos metade dos idosos entre 65 e 78 anos teriam condições de continuar a trabalhar, sem que haja comprometimento na qualidade do serviço. Entretanto, muitos funcionários públicos se aposentam antes dos 50 anos, apenas por terem completado 30 anos de registro em carteira. Esse fato causa um rombo orçamentário anual que, se não for urgentemente revisado, levará o Brasil a uma dívida impagável em poucos anos. Ademais, a Parapsicologia mostra, com Freud, que a inércia pode levar cidadãos saudáveis à depressão, ou até mesmo, ao mal de Alzheimer. Por outro lado, a Constituição Federal baseou-se na expectativa de vida de muitas décadas atrás, quando era comum para a maioria dos brasileiros falecerem prematuramente. Contudo, essa expectativa se difere entre cada estado. Hodiernamente, cidadãos nordestinos tendem a falecer 10 anos antes dos gaúchos, de acordo com a revista Exame. Assim sendo, fica evidente a necessidade de se reestruturar as normas previdenciárias. Para isso, é imprescindível que o Poder Legislativo e o Ministério Público Federal aprovem regras justas que beneficiem os trabalhadores, por meio de diálogos com sindicatos e com a sociedade, para que o orçamento previdenciário seja suficiente. As empresas privadas, por sua vez, devem destinar 15% de suas vagas aos idosos, por meio de incentivos fiscais e programas para terceira idade, além de oferecerem planos de previdência privada, a fim de contribuirem efetivamente na prevenção da "quebra" da economia brasileira.