Enviada em: 14/06/2017

Uma das maiores conquistas do povo brasileiro foi o sancionamento da CLT (consolidação das leis trabalhistas) durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Esta vem garantindo o direito do trabalhador até então, logo, como reformas previdenciárias estão sendo encaminhadas devido aos altos gastos realizados pelo governo, é lúcido considerar os desacordos entre a população e as medidas a serem tomadas, como também, os possíveis enfraquecimento dos direitos trabalhistas. É importante pontuar, de início, que a nova implementação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria foi uma das maiores polêmicas.   A expectativa de vida no Brasil encontra-se em um patamar de 75,5 anos, segundo o IBGE. Mas também, é sensato perceber que essa perspectiva não é compartilhada de forma homogênea por todo o território nacional, já que enquanto o estado de Santa Catarina encontra-se com a maior taxa, cerca de 82 anos, o do Maranhão tem a menor delas, com 70,3. Logo, de fato, essas pessoas terão oportunidades totalmente diferentes.  Ainda nessa perspectiva, é relevante levar-se em consideração o fim da aposentadoria diferenciada para o trabalhador rural, que pode ser desfrutada aos 55 anos de idade. A nova proposta prevê o término dessa diferença, estabelecendo uma faixa etária padrão e mínima para todos, não levando em conta que os agricultores tendem a começar sua vida de trabalho bem mais cedo, sem ao menos terem a garantia do adicional de insalubridade por passarem boa parte de suas vidas expostos ao sol diariamente.  Frente a essa problemática, as propostas do sistema previdenciário deveriam buscar enxergar mais as peculiaridades da sociedade em vez de tentar estabelecer uma igualdade predominante. Dessa forma, levar em consideração o estado e o local de trabalho do cidadão antes de fazer a sua contagem de aposentadoria se mostra um alternativa viável, já que as oportunidades a as expectativas de vida, infelizmente, não são iguais para todos.