Enviada em: 15/06/2017

Na obra Rei Lear de William Shakespeare, o autor discorre sobre a tragédia da velhice, em que as vicissitudes e o desgaste da idade madura impedem o homem de ficar sábio antes de ter ficado velho. Nesse ínterim, no Brasil devido a um aumento na expectativa de vida houve por consequência o envelhecimento populacional, trazendo ao debate a reforma previdenciária, a qual fragiliza direitos adquiridos e minimiza o bem estar social. Diante disso, discutir a respeito analisando as especificidades dessa problemática é um dos caminhos para mudança desse cenário.   Segundo, Emille Kant: Não podemos tratar o homem como um meio apenas como um fim em si mesmo. Nesse sentido, uma das justificativas para reforma da previdência seria um rombo nas contas públicas. Todavia, é de ciência dos brasileiros que a grande causa desse déficit nas contas públicas, é o grande número de políticos corruptos que usaram indevidamente o dinheiro público. Com isso, tirar de quem tem menos em detrimento de um sistema desonesto é um erro.   Ademais, a reforma é severa com quem mais precisa de ajuda. Como o aumento da idade para aposentadoria e o tempo de serviço e igualar a idade de homem e mulher para o aposento. Conquanto, observa-se que em muitas regiões do Brasil a expectativa de vida nem chega a idade mínima de 65 anos prevista na reforma. Existe sim um aumento no número de idosos, todavia o Brasil é um país ainda em desenvolvimento, com grande variedade de estilo de vida entre as regiões, o que precisa ser visto antes de uma generalização. Decerto, com uma administração integra e políticas públicas que priorizassem o bem estar social existiria por consequência um superávit das contas públicas e da qualidade de vida.    Portanto, é necessário que o Estado atue como agente de melhoras para a sua população. Logo, a reforma da previdência precisa ser reavaliada e a primazia dos direitos de todo cidadão devem ser intocáveis. Para isso, as três esferas do poder, legislativo, executivo e judiciário devem trabalhar em conjunto para que o trabalhador não seja prejudicado e antes de tudo, o mesmo precisa ser ouvido, por meio de plebiscitos que cumpram a vontade do povo. Com isso, ter-se-a uma sociedade que não envelhecerá a margem da tragédia e abandono como Rei Lear e sim cuidado e prorizado pelo seu Estado.