Enviada em: 26/06/2017

O Brasil se desenvolveu e conquistou melhorias sociais, como o aumento da expectativa de vida da população. No entanto, isso não foi acompanhado de adaptações necessárias, gerando, assim como na formação de rochas sedimentares, um aglomerado de pequenas partículas consolidado. A proposta de Reforma Previdenciária é uma saída darwinista adaptativa encontrada para solucionar o prejuízo das contas públicas e evitar a insustentabilidade do país, todavia essa opção ainda precisa de ajustes e colaboração de outros projetos.            A reforma prevê um aumento da idade mínima para a aposentadoria,como já foi feito em diversos países desenvolvidos como a Alemanha, visto que a população brasileira está tendendo a envelhecer mais. Devido à crise econômica vigente no país, a população economicamente ativa (PEA) diminui com crescentes taxas de desemprego, o que torna o pagamento da previdência ainda mais problemático. De maneira análoga ao Toyotismo japonês, o país deve se adaptar às necessidades da sociedade e ampliar a PEA nacional, possibilitando o ingresso de jovens no mercado, diminuindo o desemprego e ampliando a idade mínima para a aposentadoria, já que, segundo o Ministério do Trabalho, a idade mínima atual do país é 58 anos, sendo menor que a de países desenvolvidos, inclusive a Alemanha com média de 65 anos.           Além de aliar a reforma ao desenvolvimento econômico,é necessário garantir que a arrecadação pública consiga suprir às necessidades, evitando futuras crises na previdência social como a atual, podendo utilizar para isso opções como igualar a reforma para políticos e incentivar microempresas, o que diminui o mercado informal que não paga impostos. E para que a arrecadação seja justa, a reforma deve se adequar às características das diferentes regiões do país e às suas respectivas expectativas e condições de vida, tornando essa solução adaptativa eficiente e promissora.         Dessa forma, utilizar a reforma da previdência para solucionar a problemática antiga e consolidada é proveitoso, contudo precisa de planejamento em diversos setores para conquistar sua eficácia. Portanto, é necessário que , em parceria público-privada, o Governo incentive as empresas, com isenção fiscal, à contratar jovens, para que conquistem experiência, e à manter os funcionários mais velhos para que esses adquiram a aposentadoria, contribuindo para o crescimento econômico e para a arrecadação pública do país. Além disso, esse deve incentivar a buscar pelo mercado formal, diminuindo a carga tributária para as microempresas e tornando possível e benéfico para essas se manterem na formalidade. Ademais, o Governo Federal deve alterar o projeto, incluindo nele os políticos e adaptando-o às necessidades das diversas regiões.